O plano de negócios é o documento usado para definir o modelo, a estratégia, os recursos, as pessoas e os requisitos necessários para tirar um empreendimento do papel. Com um plano bem feito, baseado em uma boa metodologia, os riscos são reduzidos e as chances de sucesso do negócio aumentam.
A velocidade das mudanças no mundo atual nos abre oportunidades todos os dias. Com a transformação digital, surgem novas necessidades e, consequentemente, novas oportunidades para tirar ideias do papel. De acordo com o Relatório Anual do Global Entrepreunership Monitor de 2023, 20% da população economicamente ativa no Brasil estava engajada em iniciar um novo negócio ou abriu um negócio nos últimos 3,5 anos.
No entanto, empreender não é uma tarefa fácil. Apenas nos primeiros quatro meses de 2023, foram fechadas 736.977 empresas no Brasil, de acordo com dados do Mapa de Empresas do Governo Federal.
Para evitar fazer parte dessa estatística, é importante se preparar antes de abrir um empreendimento. Dessa forma, o plano de negócios pode ser uma importante ferramenta para diminuir riscos e aumentar as chances de sucesso do seu negócio — mesmo que ele já esteja funcionando.
Para entender o que é um plano de negócio e como criar o seu, continue lendo este artigo.
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O que é um Plano de Negócios?
Primeiro, temos que nos perguntar: por que a mortalidade de empresas no Brasil é tão alta? Segundo estudo realizado pelo SEBRAE, uma das principais causas do fracasso de empresas é um planejamento de negócio inexistente ou deficiente. Um total de 17% das empresas fechadas em 2020 dizem não ter feito nenhum planejamento e 59% dizem ter feito por no máximo 6 meses.
O plano de negócios é a ferramenta básica para que se aprenda de forma mais profunda sobre o negócio que se quer abrir e o mercado em que está inserido. Isto porque pode fornecer insights poderosos, que podem inclusive alterar a ideia inicial drasticamente. Ele nada mais é que um documento, produto de um período de reflexão e estudo dos sócios antes de partir para a criação da empresa.
Para que serve um Plano de Negócios?
Um plano de negócios é um documento que serve para planejar seu empreendimento. Esse é o primeiro passo para entender o que você irá precisar para colocar a sua empresa de pé. Assim, o principal objetivo de um plano de negócios é ser a base para a tomada de decisões estratégicas, que irão definir o futuro da empresa a curto, médio e longo prazo.
Dessa forma, é possível prever problemas futuros, diminuir prováveis riscos e aumentar as chances de sucesso do negócio. Além disso, o plano de negócios te ajudará a estruturar a empresa e as ações que precisam ser colocadas em prática.
Portanto, qualquer empresa que queira tomar decisões mais bem fundamentadas e contar com uma estrutura bem definida, precisa se preocupar em criar esse documento. O mesmo serve para as empresas que já saíram do papel, mas querem se organizar melhor para enfrentar os desafios do mercado.
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Por que fazer um Plano de Negócios?
De acordo com o modelo de Timmons, que você vê na imagem abaixo, o tripé do empreendedorismo é composto por:
- Oportunidade
- Recursos disponíveis
- Equipe
O plano de negócios atua como uma ponte entre a oportunidade identificada e os recursos disponíveis, avaliando e equilibrando a melhor forma de se maximizar o potencial da ideia de valor com as informações à disposição no momento.
As outras duas interseções, oportunidade – equipe e equipe – recursos, são potencializadas pela criatividade e pela liderança, respectivamente. Isso tudo inserido em um ambiente de incerteza e obedecendo as regras do mercado de capitais, tendo ainda a sustentabilidade como base.
O processo empreendedor adaptado de Dornelas, J., Timmons, J. A., Spinelli, S., Criação de novos negócios – Empreendedorismo para o século XXI, Ed. Campus, 2010.
É importante manter os pés no chão
Há muitas vantagens em se preparar um bom plano de negócios antes de iniciar um empreendimento. A principal delas, é reduzir a chance de que os sócios se apaixonem pela ideia, assim perdendo a objetividade nas suas decisões.
Isto porque, quando idealizamos um novo projeto, é tentador que o botemos em um pedestal, como se fosse a solução genial para os maiores problemas da sociedade. Mas, dificilmente será o caso.
Essa é uma ilusão causada pelo excesso de confiança do empreendedor no valor de sua ideia. Mas, por mais que seja boa, é importante manter os pés no chão durante o planejamento e a execução da empreitada. Por isso, é tão importante contar com um documento bem estruturado, com uma estimativa melhor da realidade do que a imagem que os fundadores podem ter em mente.
Esse pode ser o diferencial entre um projeto que não deu certo e foi abortado a tempo, e a insistência em uma empreitada sem futuro, que pode trazer danos graves para os envolvidos.
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Plano de Negócios também tem a ver com comunicação
O plano de negócios é uma poderosa ferramenta de comunicação com os diferentes stakeholders. Ele pode ser utilizado para captar financiamento externo de potenciais investidores, como venture capital ou investidores anjo, por exemplo.Ou então, em uma versão simplificada e mais objetiva, pode ser apresentado para potenciais clientes e auxiliar a fechar vendas. Ou ainda, como meta inicial a ser buscada pela empresa nos seus primeiros anos, direcionando os esforços para que atendam às expectativas iniciais desenhadas.
Qual a importância das pesquisas de mercado?
Durante a criação do plano de negócios, seus elaboradores serão obrigados a mergulhar profundamente no contexto do empreendimento. Assim, terão que estudar a fundo o mercado no qual está inserido, seus clientes, fornecedores, concorrentes, o ambiente regulatório aplicável ao negócio e assim por diante, de forma que seja criada uma vantagem em relação às outras empresas do mesmo ramo.
Portanto, as pesquisas de mercado são importantes para reduzir os erros que serão cometidos durante a implantação ao conhecer os desafios existentes, apesar de não ser possível evitá-los por completo. Também, poderão trazer insights críticos, para potencializar o valor do negócio, ou até mesmo alterar a ideia inicial por completo, entendendo as necessidades dos possíveis clientes.
Como montar uma pesquisa de mercado?
Para elaborar uma pesquisa de mercado eficiente para seu negócio, é importante conhecer os tipos de aplicação existentes para diferentes objetivos: primária, secundária, quantitativa e qualitativa. Confira detalhes de cada uma:
1. Pesquisa primária: seleciona informações coletadas com os clientes que já compraram ou usaram algum serviço da empresa, seja por telefone ou email. Assim, é possível conhecer melhor seu público, fazer a segmentação de mercado e determinar perfis de compra, conhecidos também como buyer personas.
2. Pesquisa secundária: esse tipo de pesquisa obtém as informações de forma indireta, ou seja, utiliza dados e outras informações já existentes na sua empresa que podem ajudar a entender o mercado, concorrentes e clientes. Além disso, o tipo secundário também pode usar informações externas já publicadas, como mídia e institutos de pesquisas.
3. Pesquisa quantitativa: coleta dados que são encaixados em uma classificação, como datas de compras, números de clientes, média de gasto, ou um sistema numérico. Aqui, os números imperam. As análises são feitas por gráficos e tabelas, por exemplo, facilitando a interpretação, construção de previsões e outras tendências do seu negócio que envolvem muitos dados.
4. Pesquisa qualitativa: ajuda a entender as motivações que levam os clientes a consumirem ou utilizarem o serviço ofertado pela sua empresa. Analisa palavras, conceitos e opiniões do público, podendo ser coletados por vídeo, áudio ou texto. Aqui, podem surgir novas ideias para a pesquisa quantitativa, por exemplo, que fará uma análise ainda mais aprofundada.
Tendo em mente essas aplicações, é possível montar uma pesquisa de mercado de sucesso seguido as seguintes etapas:
- Etapa 1: definir o que sua empresa vai aprender com a pesquisa.
- Etapa 2: definir a amostragem, ou seja, quem será o público.
- Etapa 3: selecionar os canais de pesquisa.
- Etapa 4: fazer a coleta de dados.
- Etapa 5: analisar os resultados.
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Quais são os tipos de Plano de Negócios?
Existem diferentes tipos de empresas e segmentos, por isso, também existem diferentes tipos de plano de negócios para abraçar essa diversidade e construir uma estratégia ainda mais acertada. Os quatro mais usados no mercado são: abrangente, operacional, tradicional e startup. Entenda a seguir:
Plano de negócios abrangente: contém informações importantes e detalhadas, indicado principalmente para um novo empreendimento. Ainda, é baseado em análises financeiras, operacionais e mercadológicas.
Plano de negócios operacional: esse é o plano que serve como guia interno para líderes e colaboradores ao detalhar como deve ser a execução das atividades diárias, processos e administração.
Plano de negócios tradicional ou sumário: tradicional e também mais analítico, esse é o plano mais completo que abrange análise competitiva, projeções financeiras, operacionais e pesquisa de mercado. Esse é fundamental para investidores que querem avaliar a viabilidade antes de fazer investimento em uma empresa.
Plano de startup: ideal para startups ou negócios que querem uma abordagem ágil e simples. Esse tipo de plano foca em descrever de maneira direta o modelo de negócio, determinar quais são os problemas para resolver e as soluções propostas.
Entenda como fazer um Plano de Negócios
O plano de negócios nada mais é que um documento preparado depois de muito estudo. Nele, estão as principais premissas e projeções para a empresa e espera-se que, quando pronto, seja capaz de aumentar suas possibilidades de sucesso.
Há algumas ferramentas que podem ajudar a criar esse documento e a principal delas é o Business Model Canvas, sobre o qual vamos falar a seguir.
Business Model Canvas
Em uma fase inicial, pode-se usar estruturas mais simples e diretas, como por exemplo, o Business Model Canvas. Nele, os principais pontos do negócio são sumarizados em 9 itens, apresentados em uma única tela.
Esse documento provê uma boa estrutura para a fase inicial de ideação, quando estamos começando a organizar os pensamentos de como o negócio funciona e quais serão suas propostas de valor. Ou, ainda, quando estamos explorando diferentes ideias de projeto.
O Business Model Canvas ainda possui a vantagem de conseguir ser preenchido de forma relativamente rápida. Isto porque, em poucos dias, é possível ter um canvas completo.
O que será feito pela empresa é descrito no bloco central, da proposta de valor. Os três blocos da direita focam nos clientes, quem a empresa irá servir. Já os blocos da esquerda organizam como a proposta de valor será entregue. Por fim, os blocos da parte inferior falam do dinheiro: quanto se pretende ganhar e quanto se pretende gastar.
Como podemos perceber, o Business Model Canvas é bastante simplificado e raramente é suficiente para que se tenha um planejamento detalhado para o negócio. No entanto, ele pode fornecer um bom começo, mas normalmente deve evoluir para um plano de negócios mais completo.
Nesse sentido, quanto mais profundo for esse plano, menores serão as incertezas na sua implantação e maiores as chances de sucesso. Mas, um documento mais completo pode demorar de 3 a 12 meses para ser criado, em média, diferentemente de um Business Model Canvas.
As 9 divisões do Canvas de Modelo de Negócio
1. Segmentos de clientes
É o público-alvo que sua empresa deseja atingir. Você vai focar em um segmento específico? Se sim, em qual?
2. Proposta de valor
Na proposta de valor, você escreve o que a sua empresa vai trazer ao mercado que gerará valor para os clientes.
3. Canais
Aqui, você descreve quais são os canais de aquisição de novos clientes que sua empresa vai utilizar para gerar demanda e para manter um relacionamento com aqueles que já estão na sua base.
4. Relação com clientes
Neste quadrante, você irá mencionar como a empresa estabelecerá relações com os diferentes segmentos de clientes.
5. Fontes de receita
É a forma como a empresa ganha dinheiro, a partir de diversas fontes de renda.
6. Principais atividades
Aqui, você descreve quais serviços vai realizar para dar conta da sua proposta de valor.
7. Recursos-chave
São os recursos necessários para realizar as atividades-chave. São importantes para que a empresa se mantenha. Podem ser de natureza diversa: recursos humanos, intelectuais, financeiros, dentre outros.
8. Parcerias-chave
São alianças de negócio que complementam os serviços oferecidos pela empresa, como serviços que você vai terceirizar, por exemplo.
9. Estrutura de custos
É como você vai obter receitas por meio da proposta de valor.
Exemplo de Business Model Canvas
Construir um Business Model Canvas pode ser a melhor forma de começar o seu plano, já que esse documento permite criar uma visão geral do seu modelo de negócio.
Mas não subestime essa ferramenta. É por meio dela que você irá definir as estruturas mais importantes do seu negócio, para depois conseguir desdobrar cada item com mais detalhes. Por isso, esse é um documento que fará parte da sua rotina e pode ser consultado diversas vezes, para ajudar a manter o negócio no caminho definido.
A seguir, veja um exemplo de um Business Model Canvas preenchido, para que você entenda como fazer o seu.
Também, é importante mencionar que você talvez precise voltar nesse documento e alterá-lo repetidas vezes, assim que passar a entender a viabilidade de determinadas escolhas. Por isso, opte por ter esse modelo em um arquivo editável, que poderá ser revisitado quantas vezes for necessário.
Como fazer um Plano de Negócios no Canvas
Para criar o seu plano de negócios em um Canvas, ou seja, nesse modelo que apresentamos acima, você só precisa de uma folha de papel e um lápis. No entanto, você também pode criar um arquivo digital, para deixar o seu processo mais eficiente.
Existem algumas ferramentas que permitem criar o seu Canvas com maior facilidade, uma delas é o Sebrae Canvas. Após se cadastrar gratuitamente, você poderá adicionar as informações no formato de post-it, como na imagem acima. Depois, é só salvar o documento.
Modelo de Plano de Negócios: o que ele precisa apresentar
Agora que você já sabe fazer um Business Model Canvas, é importante entender como construir um documento de plano de negócios mais robusto, que contém principais propostas, levantamentos, premissas e projeções do negócio.
Neste documento você deve adicionar e discorrer sobre alguns elementos importantes para o negócio. Eles devem estar minimamente explicados, para que qualquer pessoa que leia esse material consiga entender a estrutura e funcionamento do negócio.
A seguir, veja os principais tópicos, lembrando que eles podem ser adaptados, agrupados ou dispostos em uma ordem diferente:
- Sumário Executivo: descrição do negócio, mercado-alvo, vantagens competitivas, principais projeções de vendas e de lucratividade.
- Equipe de Gestão: organograma e currículo resumido das posições-chave que o negócio precisa rodar.
- Pesquisa de Mercado: deve apresentar a indústria, os clientes foco do negócio, os fornecedores, as dimensão do mercado e as tendências, além de concorrentes e necessidades dos clientes.
- Análise Econômico-Financeira: compreende análises das projeções de vendas, margens, lucratividade, custos, ponto de equilíbrio e tempo para alcançar um fluxo de caixa positivo, além de cálculos de retorno, como VPL, TIR e Payback.
- Plano de Marketing: contempla os 4 Ps do Marketing, ou seja, as estratégias de precificação, produto, preço e praça. É aqui que são determinados os canais de venda e principais estratégias de propaganda.
- Plano Operacional: definição dos principais elementos da operação, como a rota de produção e processos operacionais essenciais; a capacidade produtiva; as regulamentações e assuntos jurídicos; a localização geográfica; a logística, sustentabilidade ambiental, social e de governança etc.
- Plano de Implantação: inclui a análise SWOT; cronograma macro; levantamento de riscos e análise de cenários; contratações de pessoal; necessidade de capital próprio e externo (investimentos imobilizados e necessidade de capital de giro).
📖 Leia também: Plano de Marketing e Vendas: o guia completo para o seu planejamento
Quais são os erros mais comuns em um plano de negócios?
Existem alguns erros a serem evitados na hora de construir o plano de negócios da sua empresa. Veja abaixo quais são os principais — e mais cometidos no mercado:
Não conhecer seus clientes e público-alvo
Ter conhecimento de quem consome seu produto ou serviço, ou para quem você está elaborando todo o trabalho, é fundamental para direcionar as estratégias de Marketing e atendimento.
Por isso, faça pesquisas e tenha boas interações com os clientes para compreender as necessidades e preferências. Assim, é possível personalizar as abordagens e melhorar a satisfação dos clientes.
Desconsiderar os riscos do negócio
Para evitar problemas futuros, analise e antecipe os possíveis riscos que seu negócio pode ter. Os desafios existem, sejam eles falta de recursos ou empresas concorrentes, por isso preveja como contornar essa realidade.
Não ter um bom planejamento financeiro
Fazer um planejamento financeiro em detalhes é vital para qualquer empreendimento. Portanto, considere os custos, investimentos futuros e converse com especialistas para fazer um orçamento que dê segurança para evitar falta de recursos e problemas futuros. Lembre-se de fazer projeções realistas sempre e com base em dados.
Não definir um objetivo claro
A definição de objetivos claros é um dos principais pontos para guiar a criação do plano de negócios. Separe as metas a curto, médio e longo prazo, por exemplo, assim ficará mais fácil monitorar os progressos da empresa e fazer ajustes se necessário.
Não se importar com a concorrência
Estudar a concorrência é essencial para desenvolver estratégias competitivas. Saiba quais são os pontos fortes e fracos dos concorrentes para melhorar seu negócio. Não levar a concorrência a sério pode acabar em desvantagens relevantes para o seu negócio.
Porém, não foque em acertar 100% do plano
Dê bastante atenção à proposta de valor e à capacidade da equipe de fazer o plano acontecer, mas não se preocupe tanto se as projeções numéricas não se concretizarem à risca. Afinal, é bastante difícil acertar um planejamento na mosca, e nem é esse o objetivo do plano de negócios.
Sua meta aqui é ter um norte como empreendedor e para quem mais estiver a bordo. E, por isso, o conteúdo interessa mais do que a forma. Porém, faça com que o plano tenha uma boa aparência, seja bem escrito e apresenta dados, gráficos e imagens que ajudem a representar as informações contidas no material. Tudo isso pode facilitar o entendimento e a implementação das ideias contidas nele.
Investir em um bom Plano de Negócios é garantia de sucesso?
Um levantamento realizado por Bill Gross, presidente da IdeaLab, uma incubadora de empresas de sucesso, afirma que um bom modelo de negócio é apenas o quarto fator mais importante para o sucesso de uma startup. Ele ficou atrás dos fatores timing, equipe/execução e ideia.
Timing é o momento em que o projeto é implantado. Nesse sentido, o mercado tem que estar pronto e realmente precisar da solução que está sendo oferecida naquela ocasião. Equipe/execução é a capacidade das pessoas-chave de fazerem o projeto acontecer. Já a ideia é como agarrar a oportunidade identificada. Todos esses fatores tiveram maior impacto no sucesso de uma startup do que um planejamento estruturado.
Por isso, um plano de negócios, mesmo que muito bem-feito, não é garantia de que seu projeto dará certo. Infelizmente, nada pode garantir o sucesso de uma empresa. Isso porque há outros pontos que podem contribuir ou atrapalhar a empreitada, que nem sempre conseguimos prever ou controlar.
Porém, um plano, sem dúvida, ajuda a aumentar suas chances de êxito. Nessa mesma pesquisa, foi identificado que o modelo de negócio teve um impacto de 24% no fato de uma startup ser bem-sucedida. Ou seja, um plano robusto aumenta em cerca de ¼ sua chance de triunfo. E isso é mais do que motivo para se investir na criação desse documento.
É possível adaptar e revisar
Outro mito que deve ser derrubado é que o planejamento é imutável e deve ser seguido à risca sob qualquer circunstância. Na verdade, com a velocidade das mudanças do mundo moderno, quando o plano sai da impressora, já está obsoleto.
Por isso, ele deve ser revisto e adaptado com frequência, incorporando novas informações, tecnologias, tendências e eventos incertos, que vão certamente surgir com o tempo. Dessa forma, um plano de negócios não é um produto acabado, mas sim está em constante evolução.
E, para finalizar, seu plano não é seu negócio. A realidade é bem diferente do que foi planejado e o empreendedor deve ter isso em mente. Isto porque imprevistos irão acontecer e vão desviá-lo o tempo todo. Por isso, ter a inteligência para discernir quando é aceitável fugir do plano e quando devemos retomar o rumo é uma habilidade essencial.
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