Tomada de decisão: o que é, quais são os tipos e dicas de como fazer

A tomada de decisão deve estar de acordo com os objetivos de negócio e ser feita para trazer os melhores resultados.

Bruna Dourado
Bruna Dourado5 de setembro de 2024
Como se preparar para a Black Friday com o RD Station Marketing?

Todos os dias tomamos centenas de decisões, desde o horário em que acordamos até quando vamos dormir. E até mesmo aquelas que parecem mais simples, como o que vamos comer ou vestir, incluem vários fatores.

Porém, quando essa tomada de decisão se dá em uma empresa, novas camadas de complexidade surgem. Afinal, é preciso considerar os resultados que se deseja obter, os interesses dos diferentes stakeholders, entre outros pontos.

Por isso, devemos usar informações embasadas e deixar os achismos de lado. Mas como fazer isso na prática? 

É sobre isso que vamos falar no artigo. Continue a leitura do guia que preparamos sobre tomada de decisão para saber tudo sobre o tema!

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O que é tomada de decisão?

Tomada de decisão é um processo que consiste em optar por uma alternativa dentre todas as que estão disponíveis no momento.

No mundo corporativo, a tomada de decisão tem relação com a escolha de um caminho que ofereça os melhores resultados, em conformidade com a estratégia e os objetivos do negócio. Por isso, precisa ser feita com base em informações confiáveis.

Qual a importância da tomada de decisão?

A tomada de decisão é importante para o sucesso de qualquer organização e o motivo é simples: ela define o caminho que será seguido em busca dos objetivos. 

Decisões bem fundamentadas podem gerar crescimento, inovação e solução de problemas de maneira eficiente.

Por outro lado, decisões precipitadas ou mal embasadas podem resultar em perdas financeiras, retrabalho e até prejudicar a reputação da empresa.

Além disso, o processo de tomada de decisão permite alinhar as ações com a estratégia e os valores do negócio, garantindo que os esforços estejam voltados para os resultados esperados. 

Em um cenário competitivo, saber decidir de forma rápida e com base em dados confiáveis é um diferencial — especialmente quando é necessário adaptar-se a mudanças de mercado ou enfrentar crises.

Tipos de tomada de decisão

É possível tomar decisões de diversas maneiras: com base em nossos valores, por intuição e de maneira racional. 

Conheça os 5 principais tipos de tomada de decisão:

Intuitiva

É aquela que acontece com base no pressentimento de quem toma a decisão. Nas empresas, no entanto, seguir a intuição não é o melhor caminho, pois escolhas pouco planejadas podem afetar os resultados do negócio.

Com base em valores

Esse tipo se apoia nos valores pessoais que o decisor desenvolveu ao longo da vida, com base em sua família, amigos e experiências. 

Diferentemente da intuição, que pode mudar a cada momento, as pessoas tomam decisões com base em valores, considerando suas próprias crenças pessoais, que costumam ser mais sólidas.

Mesmo assim, devemos tomar cuidado ao tomar decisões no meio corporativo dessa maneira, pois os valores pessoais do colaborador podem se chocar com os interesses do negócio.

Racional

A tomada de decisão racional é aquela que boa parte das pessoas quer aplicar, afinal, permite trazer os melhores resultados, pelo menos no contexto corporativo. Nela, utiliza-se a lógica para chegar até a melhor alternativa.

Por exemplo, se a empresa quer contratar um software de Automação de Marketing, pode listar as principais opções do mercado, fazer comparativos, ver o que é possível adquirir com o orçamento disponível e, a partir de todas essas informações, escolher a melhor opção.

Colaborativa

As equipes tomam decisões de maneira colaborativa, considerando diferentes pontos de vista e incluindo a participação de todas as equipes, não somente das lideranças.

É uma alternativa interessante, pois permite considerar diferentes opiniões. Embora a decisão final costume ser dos gestores, uma decisão colaborativa mostra que o processo não precisa ser sempre individual.

Especializada

Nesse tipo, a ideia é considerar a opinião de um profissional especializado no assunto sobre o qual se deseja decidir.

Às vezes, a intuição, os valores, a racionalidade e a opinião do grupo não são suficientes para que se faça uma escolha. Nesses casos, a empresa pode recorrer a um especialista, que pode apontar, do ponto de vista técnico, qual é o melhor caminho a seguir.

Tomada de decisão: individual ou coletiva?

A escolha entre tomar decisões individualmente ou de forma coletiva depende do contexto e das necessidades específicas da empresa ou situação. 

Cada abordagem tem suas vantagens e desafios, e saber quando aplicar cada uma é fundamental para alcançar os melhores resultados.

A decisão individual é mais ágil e direta, permitindo que uma pessoa, geralmente o líder ou responsável por uma área, faça a escolha final de forma rápida. 

Isso é especialmente útil em situações que exigem respostas imediatas ou nas quais o decisor tem conhecimento especializado. Além disso, decisões individuais evitam possíveis conflitos entre diferentes opiniões, o que pode atrasar o processo.

Já a decisão coletiva, por outro lado, envolve a participação de várias pessoas no processo, o que contribui para uma visão mais ampla e diversa do problema.

Nesse sentido, reunir diferentes pontos de vista pode gerar soluções mais inovadoras e robustas, além de aumentar o senso de pertencimento e compromisso das equipes envolvidas.

Então, qual escolher?

A dica é colocar na balança fatores como urgência, complexidade do problema e impacto da decisão. 

Em muitos casos, uma abordagem híbrida pode ser a melhor solução, na qual o líder toma a decisão final, mas consulta outras pessoas para obter insights e minimizar riscos.

Quais são as etapas de um processo de decisão?

Agora que você já sabe o que é e quais são os tipos de tomada de decisão, vamos entender quais são as etapas desse processo.

Entenda qual é o problema a ser resolvido

Nos negócios, a tomada de decisão costuma estar relacionada a um problema, necessidade ou outra questão estratégica, em geral relacionada aos objetivos da empresa. 

Descobrir qual é a questão e conhecer as suas causas são os primeiros passos para tomar a melhor decisão. 

Saiba como a questão é tratada atualmente

Após entender qual é o problema e pelo que é causado, é importante olhar para dentro da empresa e entender o que se faz em relação a ele. Isso evita que decisões erradas tomadas no passado acabem sendo repetidas.

Levante dados

Essa é uma das etapas mais importantes da tomada de decisão. Sem dados, não é possível saber o que de fato está indo bem ou não, nem qual é o problema real. 

Organizados e contextualizados, dados podem se tornar informação, que, por sua vez, é indispensável para que se tome boas decisões. Eles permitem tomar decisões mais acertadas e antecipar-se aos acontecimentos. 

É possível, por exemplo, saber a jornada que cada cliente percorreu até a compra, os produtos ou serviços adquiridos e as vezes em que recorreu ao atendimento. 

Felizmente, hoje há no mercado diversas ferramentas que contribuem para a empresa ter acesso aos dados necessários. Uma delas é o RD Station Marketing, que registra acessos e conversões dos seus Leads em:

  • Emails
  • Pop-ups
  • Landing Pages
  • Botões de WhatsApp.
  • Formulários embedados

Liste as possíveis soluções

Ao entender o que acontece no momento e o que pode ser melhorado, você deve listar possíveis soluções. É o momento de levantar essas possibilidades. 

Imagine como seria se você optasse por cada uma das alternativas. Nesse processo, você vai favorecer algumas. Coloque-as em ordem de prioridade.

Escolha a melhor opção e monitore os resultados

Em seguida, é hora de decidir. Após entender o problema, coletar dados e listar soluções, o gestor tem em mãos o necessário para fazer a escolha. 

Lembre-se de sempre avaliar os impactos dessa decisão, monitorando indicadores. Se não conseguir alcançar os objetivos, pode ser a hora de começar o processo outra vez. 

Quais os meios de análise de dados para tomada de decisão?

Existem diversos meios de análise de dados que podem ser usados para apoiar a tomada de decisão. Cada um deles oferece diferentes formas de obter insights, dependendo do tipo de dados e dos objetivos da análise. 

Vamos conhecer os principais?

1. Análise descritiva

A análise descritiva resume e organiza dados para mostrar o que aconteceu no passado. Por meio de gráficos, tabelas e estatísticas, ela oferece uma visão clara dos resultados históricos, como desempenho de vendas ou comportamento de clientes.

É o que você faz quando acompanha os dados gerados no dashboard personalizado do RD Station Marketing, por exemplo.

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2. Análise diagnóstica

Esse método investiga por que algo aconteceu. Ele vai além dos dados descritivos, identificando causas de problemas ou padrões, muitas vezes usando ferramentas como correlações e regressões para entender os fatores subjacentes aos resultados.

3. Análise preditiva

A análise preditiva usa dados históricos e algoritmos de machine learning para prever o que provavelmente acontecerá no futuro. Modelos preditivos são úteis em áreas como previsão de vendas, gestão de estoque e análise de tendências de mercado.

4. Análise prescritiva

Esse tipo de análise recomenda ações com base nos dados disponíveis, auxiliando as empresas a decidir o que fazer para atingir um objetivo. Ela combina dados, modelos preditivos e otimização para sugerir as melhores opções de ação.

5. Análise em tempo real

Utiliza dados que estão sendo gerados continuamente, como informações de sensores ou transações financeiras, permitindo decisões imediatas. Isso é comum em sistemas de monitoramento e em setores como varejo e tecnologia.

Quais os indicadores são utilizados para tomada de decisão?

Os indicadores são essenciais para orientar a tomada de decisão nas empresas, fornecendo métricas claras sobre o desempenho de diferentes áreas. Aqui estão alguns dos principais tipos de indicadores utilizados:

  • Margem de lucro: mede a rentabilidade do negócio, indicando quanto a empresa ganha em relação às receitas.
  • Retorno sobre o investimento (ROI): avalia o retorno financeiro de um investimento específico.
  • Fluxo de caixa: monitora a entrada e saída de dinheiro, garantindo a saúde financeira da empresa.
  • Endividamento: mostra o nível de dívida da empresa em relação ao patrimônio, permitindo decisões sobre financiamentos.
  • Produtividade: mede o quanto uma equipe ou processo é capaz de produzir em um determinado período.
  • Eficiência: avalia a relação entre recursos utilizados e resultados obtidos, indicando otimização de processos.

Especificamente para o setor de Marketing e Vendas, alguns dos indicadores importantes para tomar decisões são:

  • Custo de aquisição de cliente (CAC): mede o quanto a empresa gasta para conquistar um novo cliente.
  • Lifetime value (LTV): avalia o valor total que um cliente gera durante seu relacionamento com a empresa.
  • Taxa de conversão: monitora o percentual de leads ou visitantes que realizam uma ação desejada, como uma compra.
  • Satisfação do cliente (NPS - Net Promoter Score): mede o nível de satisfação e lealdade dos clientes.

📖 Leia também: O que são KPIs e tudo o que você precisa saber sobre os Indicadores de Negócio

Quais informações priorizar para tomada de decisão?

Para a tomada de decisão, é fundamental priorizar informações relacionadas aos objetivos estratégicos da empresa, garantindo que as escolhas estejam alinhadas com a missão e visão do negócio. 

Dados financeiros são fundamentais para avaliar a viabilidade. Já informações sobre desempenho operacional e eficiência de processos ajudam a identificar oportunidades de melhoria. 

Por outro lado, análises de mercado, incluindo tendências e comportamento do consumidor, são cruciais para decisões orientadas ao cliente. 

Além disso, indicadores de qualidade e satisfação do cliente garantem a manutenção da competitividade e a melhoria contínua dos serviços ou produtos.

Quais erros não podem ser cometidos no processo?

Se você leu até aqui, já conhece o que é a tomada de decisão, quais são os diferentes tipos e quais são as etapas.

Aqui estão os principais:

  1. Tomar decisões sem informações suficientes ou baseadas em análises incompletas pode levar a escolhas mal embasadas.
  2. Ignorar os objetivos estratégicos e tomar decisões que não estão alinhadas com as metas e a visão da empresa podem gerar esforços desalinhados e ineficientes.
  3. Confiar apenas na intuição, sem considerar dados concretos, pode resultar em decisões impulsivas e erradas.
  4. Tomar decisões sob pressão por respostas rápidas, pois pode levar a decisões precipitadas, sem considerar todas as opções.
  5. Não considerar diferentes perspectivas e ignorar opiniões de diferentes áreas ou equipes pode limitar a visão e resultar em soluções incompletas.

📖 Leia também: Metas de Marketing: o que são e como definir de forma estratégica

Afinal, como tomar decisões embasadas?

Se você leu até aqui, já sabe o que é tomada de decisão, quais são os diferentes tipos e quais são as etapas.

Agora, é hora de falar um pouco sobre o embasamento de tudo isso e compartilhar algumas dicas. 

Tome decisões alinhadas aos objetivos de negócio

Muitas empresas tomam decisões para resolver questões do dia a dia, mas se esquecem que elas precisam estar alinhadas aos objetivos maiores do negócio. É importante saber quais são suas metas prioritárias e de longo prazo para não deixá-las de lado. 

Além disso, na hora de decidir, as lideranças devem considerar a missão, visão e valores da organização, pois as metas e objetivos podem mudar com o tempo, mas esses atributos são mais estáveis.

Por isso, ao avaliar metas e objetivos, garanta que também estão alinhados com seus valores principais.

Saiba qual é o impacto das suas decisões

Há aquelas decisões rotineiras, que impactam poucas pessoas. No entanto, também é comum que uma tomada de decisão influencie no trabalho de diversos membros da equipe. 

Por isso, além da resolução do problema, é importante considerar também outros impactos que a decisão pode ter.

Muitas decisões podem impactar negativamente na produtividade ou no dia a dia dos funcionários, mesmo que pareçam resolver um objetivo de curto prazo, por exemplo. 

Por isso, avalie o efeito de suas decisões na capacidade que os colaboradores têm de realizar as tarefas.

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Ele vai mostrar como identificar e usar dados para tomar decisões melhores e que levam a resultados mais consistentes. 

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Bruna Dourado

Bruna Dourado

Quem escreveu este post

Bruna Dourado é Produtora de Conteúdo na RD Station. Formada em Publicidade e Propaganda, com Pós-Graduação em Marketing e Growth e mais de 8 anos de experiência no Marketing Digital, em empresas de Tecnologia, Inovação e Marketing.

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