Confira um guia sobre MVP – Minimum Viable Product

Você sabe tudo sobre MVP? Saiba o que é Mínimo Produto Viável, como implementar e aprimorar para gerar mais resultados antes de investir muito dinheiro.

Franco Zanette
Franco Zanette3 de outubro de 2024
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MVP (Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável) é a versão mais simples e enxuta de um produto. Nela, é empregado o mínimo de recursos para entregar a principal proposta de valor, com o objetivo de validar o produto antes do lançamento.


Uma das metodologias mais conhecidas para o desenvolvimento de produtos e serviços é a do MVP (Minimum Viable Product). Ela foi criada no berço do empreendedorismo e exposta junto ao conceito de Lean Startup.

O objetivo é simples: validar o potencial de uma ideia antes de investir muito dinheiro nela. Porém, a execução desse conceito talvez seja o principal desafio para os criadores de produtos e serviços. O que é compreensível: atire a primeira pedra quem nunca se empolgou com uma boa ideia e quis lançá-la da melhor forma possível!

Conceitualmente, fazer um MVP é construir a versão mais simples e enxuta de um produto (ou parte dele), empregando o mínimo de recursos (tempo e dinheiro) possíveis para entregar a principal proposta de valor da ideia.

Neste conteúdo, vou mostrar porque e como implementar o conceito de MVP na sua empresa (ou até mesmo na sua vida/projeto). Além disso, vamos dar algumas dicas práticas para você maximizar os seus recursos.

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O que significa MVP?

MVP, sigla para Minimum Viable Product (ou Produto Mínimo Viável, em português), é o termo utilizado para descrever a versão mais básica e funcional de um produto, criada com o objetivo de testar sua proposta de valor no mercado, utilizando o mínimo de recursos possíveis. 

Ao lançar um MVP, o foco está em entregar as funcionalidades essenciais do produto, aquelas indispensáveis para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica do seu público-alvo. Dessa forma, é possível validar a viabilidade da ideia antes de realizar grandes investimentos de tempo e dinheiro. 

Além de testar o mercado, o MVP também permite que a empresa colete feedbacks valiosos dos primeiros usuários, otimizando e aprimorando o produto com base nas respostas reais, antes de uma versão mais completa e robusta ser lançada.

No tópico a seguir veremos com mais detalhes qual a função de um MVP.

📖 Veja também: Marketing de Produto: o que é e por que sua empresa deveria investir nessa área estratégica

Qual é a principal função do MVP?

A principal função do MVP é validar uma ideia de negócio antes de grandes investimentos, testando sua aceitação no mercado com um público real. Assim, ao lançar uma versão simplificada do produto, é possível descobrir se ele atende às necessidades dos clientes e se existe demanda suficiente para justificar um investimento maior. 

Eric Ries, criador do livro Startup Enxuta, quem apresentou o conceito de MVP como parte de sua metodologia Lean Startup (falaremos mais sobre essa relação adiante), descreve a principal função de um MVP desta forma:

É a versão de um novo produto que permite que uma equipe colete a quantidade máxima de aprendizado validado sobre os clientes com o mínimo de esforço.

Sendo assim, uma empresa pode escolher desenvolver e lançar um MVP porque sua equipe deseja:

  • Lançar um produto no mercado o mais rápido possível.
  • Testar uma ideia com usuários/clientes reais antes de comprometer um grande orçamento para o desenvolvimento completo do produto.
  • Aprender o que funciona com o público-alvo da empresa e o que não funciona.

Além de permitir que sua empresa valide uma ideia para um produto sem construir o produto inteiro, um MVP também pode ajudar a minimizar o tempo e os recursos que você poderia comprometer na construção de um produto que não terá sucesso. A seguir, veremos mais detalhes sobre as vantagens em utilizar um MVP

Quais são as vantagens de fazer um MVP?

Desenvolver um MVP traz diversas vantagens para empreendedores e empresas, especialmente no que diz respeito à eficiência e redução de riscos. Implementar esse conceito permite que você valide suas ideias de forma ágil e econômica, ao mesmo tempo em que ajusta o produto conforme o feedback do mercado.

Algumas das principais vantagens de criar um MVP são:

  • Redução de custos: ao desenvolver apenas a versão mais simples do produto, você economiza recursos como dinheiro e tempo, focando nas funcionalidades essenciais.
  • Agilidade no lançamento: o MVP possibilita colocar o produto no mercado mais rápido. O famoso go-to-market acontece mais rápido, permitindo que você comece a testar a demanda e gerar receita de forma mais veloz.
  • Validação do produto com o público: com um MVP, você pode testar a receptividade do mercado e do seu público-alvo antes de investir em melhorias ou funcionalidades adicionais.
  • Ajustes baseados em feedbacks reais: a coleta de feedbacks de usuários e clientes reais permite que você faça ajustes no produto conforme as necessidades do público, evitando erros que poderiam ser caros mais para frente.
  • Diminuição de riscos: como o MVP é uma versão simplificada, o risco de falha é muito menor. Você aprende com os erros rapidamente e pode modificar sua estratégia sem grandes perdas.
  • Facilidade em pivotar: se o MVP não atender às expectativas do mercado, é possível pivotar, ou seja, mudar o rumo do produto ou serviço sem grandes impactos financeiros e operacionais.
  • Foco na proposta de valor: ao concentrar-se nas funcionalidades essenciais, você assegura que o produto entrega o que é mais importante para os usuários, sem distrações.

Essas vantagens tornam o MVP uma ferramenta útil tanto para startups quanto para empresas consolidadas que desejam inovar com mais segurança e eficácia.

📖 Veja também: Marketing para startups: 8 ações usadas por empresas de sucesso

Quais as diferenças entre MVP e Lean Startup?

Embora os conceitos de MVP (Minimum Viable Product) e Lean Startup estejam ligados e frequentemente usados em conjunto, têm diferenças claras em termos de aplicação e objetivo. Enquanto o MVP é uma ferramenta, a Lean Startup é uma metodologia mais ampla de desenvolvimento de negócios.

Por isso, a seguir, separamos mais algumas informações para deixar ainda mais clara essa diferença. Confira!

MVP é uma ferramenta, Lean Startup é uma metodologia

O MVP é uma técnica utilizada na metodologia Lean Startup. Como já vimos, ele consiste em lançar uma versão simplificada do produto para validar a ideia no mercado. Já a Lean Startup é um conjunto de princípios e práticas que busca otimizar o desenvolvimento de novos negócios e produtos, minimizando riscos e desperdícios.

Foco do MVP: validar a proposta de valor

O principal objetivo do MVP é validar rapidamente uma ideia, testando se a proposta de valor atrai interesse do público com o mínimo de investimento. Ele permite que as empresas testem suas hipóteses e ajustem o produto com base em feedbacks reais.

Foco da Lean Startup: aprendizado contínuo 

A Lean Startup, por outro lado, engloba todo o ciclo de vida de um produto ou negócio. A metodologia se concentra em testar hipóteses de mercado, aprendizado contínuo com os feedbacks e iteração constante. É uma abordagem de desenvolvimento ágil, com o objetivo de criar um negócio sustentável, sempre priorizando a eficiência de recursos e a adaptação ao mercado.

Aplicação do MVP em várias etapas do desenvolvimento 

Enquanto o MVP é um estágio específico de desenvolvimento do produto, a Lean Startup abrange todo o processo, desde a concepção da ideia até o crescimento e escalabilidade do negócio. O MVP é, de fato, uma das primeiras etapas na abordagem Lean Startup, mas o conceito de aprendizado e otimização continua ao longo de todo o ciclo.

Lean Startup envolve um ciclo contínuo de feedback

A metodologia Lean Startup foca no ciclo "Construir, Medir, Aprender", que envolve criar um produto, medir o desempenho e aprender com os resultados para fazer iterações. Nesse sentido, o MVP é a primeira construção nesse ciclo, mas a Lean Startup enfatiza a continuidade desse processo para adaptar-se constantemente às mudanças do mercado.

Sendo assim, percebemos que o MVP é uma peça-chave na metodologia Lean Startup, mas a Lean Startup vai além, fornecendo uma estrutura contínua para o desenvolvimento de produtos e negócios com base em aprendizado e otimização constante.

📖 Leia mais: Metodologia Lean: o que é, quais são os benefícios e como aplicar na sua empresa

Exemplo prático de MVP

Imagine um modelo de negócio para um food truck de comida mexicana. Com toda a ideia no papel, temos duas opções para começar o negócio:

  1. Investir no desenvolvimento do melhor truck possível, personalizado e que permita entregar os melhores burritos quentinhos em todos os cantos da cidade.
  2. Investir somente no desenvolvimento do produto principal (a sua receita de burrito), encher o porta-malas do seu carro com eles e tentar vender em alguns pontos da cidade.

Note que a principal proposta de valor do food truck está presente no MVP: oferecer burrito onde você quiser (ou onde a demanda estiver).

Para qualquer empreitada, podemos ter resultados bons ou ruins e em diferentes proporções. No mundo dos negócios é raro acertar o alvo na primeira tentativa e colocar todos os seus recursos em um palpite é bastante arriscado.

No exemplo do food truck mexicano, o conceito de MVP validou se a ideia realmente tinha potencial com feedbacks reais. O uso do conceito tornou a relação de retorno sobre investimento em um food truck de burritos muito mais consciente, estruturada e previsível.

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3 passos simples para criar e melhorar seus MVPs

Para criar e melhorar seus MVPs, é preciso:

  1. definir a proposta de valor;
  2. testar a resposta do mercado;
  3. iterar.

A seguir, vamos explicar cada um deles separadamente.

Primeiro passo: defina qual é a proposta de valor do MVP

Todo modelo de negócio começa com a hipótese de que determinada proposta de valor atrairá a atenção do mercado e gerará receita a ponto de obter lucro. Em outras palavras, a proposta de valor é a principal oferta do seu produto ou serviço para o usuário.

Aspectos que tornam essa oferta ainda mais atrativa ou complementam o produto são vistos como secundários nesse momento.

Pense qual é a proposta de valor do seu negócio. A imagem abaixo é um ótimo exemplo de como fazer isso:

MVP - Mínimo Produto Viável

Segundo passo: teste a resposta do mercado

Após desenvolver um MVP que contemple a proposta de valor, é hora de entender o interesse do mercado no produto a ponto de justificar o investimento.

Existem muitas formas de validar a ideia. Uma delas é fazer um teste alpha, que consiste em lançar o produto ou serviço para um público controlado. Já no teste beta, divulga-se o MVP para o público geral.

No exemplo do food truck, fizemos os testes nos lugares onde pretendíamos vender com o truck, ou seja, realizamos um lançamento geral.

Atenção: os lançamentos controlados são mais indicados para soluções que podem apresentar problemas inesperados caso haja muita demanda. É o caso do mercado de softwares.

Nesse passo, precisamos fazer duas coisas com maestria:

  1. Entender o nível de receptividade do público para a sua proposta de valor.
  2. Aprender quais são os principais pontos de melhoria que podem/devem ser considerados para aumentar os resultados.

Terceiro passo: iteração

Após o teste do Produto Viável Mínimo, é chegada a hora de interpretar os feedbacks recebidos.

Nem tudo o que o usuário diz faz real sentido para o seu modelo de negócio, mas ainda assim o mercado é a melhor forma de testar.

Assim, antes de realizar o investimento, avalie se a sua hipótese precisa de mais testes. Então, priorize o que realmente faz sentido para a construção de valor da sua proposta.

Caso sua percepção seja positiva, avance na direção do produto final. Caso contrário, use seus aprendizados para formular uma nova hipótese e alinhar a sua proposta de valor com as aspirações do mercado.

5 dicas para criar um MVP

A seguir, veja algumas dicas que podem fazer a diferença na hora de criar seu Mínimo Produto Viável:

  1. Foque na proposta de valor central e na criação da hipótese. Isto porque, é ela que ditará, de fato, o nível de demanda da sua solução.
  2. Faça benchmarking para encontrar atalhos. Aprender com os erros dos outros é sempre mais barato e economiza muito tempo de desenvolvimento.
  3. Antes de testar qualquer MVP, saiba o que é um resultado bom ou ruim e como medi-lo. Caso não seja possível, repense a forma de validar a tração junto ao mercado.
  4. Aplique o seu MVP a um contexto realista. Usar seus amigos e família como representações do mercado costuma enviesar drasticamente os dados e pode motivar decisões equivocadas.
  5. É sempre interessante criar métricas para o seu negócio. Elas fornecerão os aprendizados necessários para você replicar acertos e evitar erros.

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Quais cuidados tomar na construção do MVP?

Você deve ter notado que construir um MVP envolve certos desafios que exigem planejamento e atenção. Afinal, o objetivo é garantir que a versão inicial do produto seja funcional, eficaz e capaz de validar a ideia.

Nos tópicos anteriores, vimos como criar um MVP, agora, veremos alguns cuidados necessários na construção desse processo. Confira!

Definir claramente a proposta de valor

É essencial entender o que o produto oferece de mais importante para o usuário. A proposta de valor deve ser o foco do MVP, priorizando as funcionalidades que resolvem o problema central. Assim, evite incluir recursos secundários ou complementares nesse estágio inicial.

Para isso, estude bem seu ICP e defina de forma clara sua persona, tendo isso em mente você terá mais chances de não se perder da sua proposta de valor. 

Não confundir simples com incompleto

Um MVP deve ser simples, mas não desleixado. Ele precisa ser funcional e entregar valor para o usuário. Isto porque, um produto inacabado ou que falha na entrega de sua principal proposta de valor pode prejudicar a percepção dos clientes e, consequentemente, o teste de mercado.

Além disso, se o MVP não for bem feito, não trará as percepções reais que você precisa para validar ou não o produto. 

Focar no público-alvo correto

Teste o MVP com o público certo, aquele que realmente enfrentará o problema que o produto resolve. Aplicá-lo a um público-alvo irrelevante pode gerar feedbacks não representativos e comprometer a evolução do produto.

Então, não force a barra para dar o próximo passo. Garanta que o público que está testando seu produto é realmente o que tem potencial para ser cliente. 

Planejar bem os testes de mercado

O lançamento do MVP deve ser bem estruturado para captar feedbacks relevantes. Por isso, considere realizar lançamentos controlados, como testes alpha e beta, para avaliar o comportamento dos usuários e entender suas reais necessidades.

Estabelecer métricas claras

Defina os indicadores de sucesso antes de lançar o MVP. Esses dados serão fundamentais para validar se a ideia tem potencial e se o produto está no caminho certo. As métricas podem incluir, por exemplo, taxa de retenção de clientes, uso do produto e feedbacks qualitativos.

Estar preparado para iterar

O MVP é uma ferramenta de aprendizado. Dessa forma, esteja pronto para ajustar e melhorar o produto com base nos feedbacks recebidos. Iterar é parte do processo, e a flexibilidade para mudar a abordagem é essencial para o sucesso da versão final.

Evitar o “perfeccionismo”

É importante evitar o impulso de construir um produto completo desde o início. O objetivo do MVP é testar hipóteses e validar a ideia, não criar algo perfeito. O perfeccionismo pode atrasar o lançamento e consumir recursos desnecessários.

Neste caso, aquela frase famosa “antes feito do que perfeito” se aplica muito. Então, não espere perfeição para testar, porque sem testes prévios não tem como garantir um produto perfeito, muito menos um MVP perfeito. 

Sendo assim, é possível perceber que construir um MVP é um equilíbrio entre simplicidade e funcionalidade. Seguindo esses cuidados, você poderá lançar um Produto Minimamente Viável, aprender com o mercado e ajustar a solução de acordo com as necessidades reais dos clientes.

Como trabalhar com os feedbacks do MVP?

Vimos nos tópicos anteriores que trabalhar com feedbacks de clientes no desenvolvimento de um MVP é fundamental para ajustar e melhorar o produto de forma eficaz. O feedback não só valida ou invalida suposições, mas também direciona os próximos passos da evolução do produto. 

Por se tratar de algo tão importante, separamos a seguir três dicas para tirar o melhor proveito dos feedbacks colhidos durante o MVP de um produto. Confira!

  • Classifique os feedbacks por relevância: nem todo feedback tem a mesma importância. Por isso, priorize as sugestões que impactam diretamente a proposta de valor do produto e o seu funcionamento principal. Feedbacks sobre recursos secundários podem ser considerados para futuras atualizações, mas não devem comprometer o objetivo do MVP.
  • Analise tendências e padrões: ao receber feedbacks de vários clientes, é essencial identificar padrões. Se muitos usuários mencionarem um mesmo ponto, isso pode indicar uma área crítica a ser ajustada. Portanto, fique atento a problemas recorrentes ou sugestões que aparecem com frequência.
  • Divida feedbacks em categorias: separe os feedbacks em categorias, como usabilidade, funcionalidades, design ou performance. Essa divisão facilita a análise e priorização de melhorias, além de proporcionar uma visão mais organizada do que precisa ser ajustado.

É possível identificar perfis de consumidores durante o teste de MVP?

Sim, durante o teste de um MVP, é possível e altamente recomendável identificar perfis de consumidores. Esses perfis ajudam a entender melhor os diferentes tipos de usuários e como cada um interage com o produto.

Confira como isso pode ser feito e algumas das ações a partir dessa identificação:

Segmentação demográfica e comportamental

Durante os testes, colete dados demográficos (idade, localização e gênero) e comportamentais (hábitos de compra, frequência de uso e preferências).

Essas informações permitem identificar perfis de consumidores que respondem melhor ao produto ou que têm maior interesse em funcionalidades específicas.

Identificar early adopters

Os early adopters são aqueles consumidores que se interessam rapidamente por novas soluções e têm uma disposição maior em testar produtos inovadores. Identificar esse perfil é importante, pois eles tendem a dar feedbacks detalhados e ajudar na promoção inicial do produto.

Mapear necessidades específicas  

Ao analisar como diferentes usuários interagem com o MVP, você pode identificar grupos que compartilham necessidades semelhantes. Por exemplo, um perfil de consumidor pode valorizar a simplicidade de uso, enquanto outro pode dar mais ênfase à customização.

Analisar os comportamentos de engajamento 

Os feedbacks ajudam a entender quais perfis de consumidores estão mais engajados com o MVP. Você pode observar quem está retornando ao produto com frequência, quem explora mais funcionalidades e quem reporta mais feedbacks.

Aplicar personas

Com os dados coletados, você pode criar personas, ou seja, perfis fictícios que representam segmentos de consumidores.

Essas personas ajudam a guiar as decisões de produto e Marketing ao longo do desenvolvimento, garantindo que o MVP evolua de forma a atender aos principais grupos de usuários.

Ao identificar esses perfis durante o teste do MVP, você pode ajustar melhor o produto às necessidades do público e direcionar estratégias comerciais e de Marketing de forma mais precisa. Isso aumenta as chances de sucesso do produto ao atender com eficácia diferentes segmentos de consumidores.

Exemplos de MVP nas empresas brasileiras

Antes de terminarmos este conteúdo, queremos apresentar alguns exemplos bem interessantes de MVP aplicado em empresas brasileiras, que hoje são bem conhecidas, mas nem sempre foi assim. Confira a seguir!

Nubank

Talvez você se lembre que o Nubank começou com um MVP que focava apenas em um cartão de crédito sem tarifas, controlado via aplicativo. Ao invés de lançar todos os serviços financeiros de uma vez, a fintech validou a ideia de um cartão sem anuidade e com interface 100% digital. 

O sucesso desse MVP permitiu que a empresa expandisse gradualmente para contas digitais, investimentos e outros produtos.

QuintoAndar

No início, o QuintoAndar validou sua ideia de aluguel de imóveis sem fiador e burocracia com uma plataforma simples, que conectava proprietários e inquilinos em algumas regiões de São Paulo. 

O MVP era focado apenas no processo de locação, sem grandes funcionalidades. A aceitação do público e o feedback recebido permitiram à empresa desenvolver novas soluções e expandir para outras cidades.

iFood

Antes de se tornar a maior plataforma de delivery do Brasil, o iFood começou como um MVP focado em facilitar pedidos de comida online, funcionando inicialmente apenas como um diretório de restaurantes. 

Com um investimento mínimo em tecnologia, a empresa testou a aceitação do público para pedidos via internet, e depois aprimorou o serviço com funcionalidades como pagamento online e rastreamento de entregas.

DogHero 

A DogHero, uma plataforma de hospedagem de pets, começou como um MVP que conectava donos de cachorros a anfitriões dispostos a cuidar dos pets em suas próprias casas. 

Inicialmente, o serviço era oferecido apenas em algumas áreas de São Paulo. A ideia foi validada com o feedback dos primeiros usuários, permitindo à empresa expandir a operação para outras regiões e diversificar os serviços.

Loggi

A Loggi, empresa de entregas, iniciou com um MVP que oferecia serviços de entrega local em São Paulo com um grupo pequeno de motoboys. A empresa focou inicialmente em testar o modelo de negócio para pequenos lojistas e clientes individuais, validando a demanda antes de expandir sua operação para grandes empresas e oferecer soluções logísticas mais complexas.

Esses exemplos mostram como empresas brasileiras têm utilizado o conceito de Minimum Viable Product para testar suas ideias com poucos recursos e, com o feedback dos usuários, crescer de forma sustentável.

O conceito de MVP nasceu no contexto de startups, principalmente de tecnologia. Porém, a linha de raciocínio é aplicável a praticamente todos os projetos.

Portanto, você pode colocar essa metodologia em prática desde a construção de empresas até relacionamentos. Além disso, pode basear o seu investimento no feedback dos consumidores.

Dúvidas Frequentes:

O que é MVP?

Em negócios, MVP é a sigla em inglês para Minimum Viable Product – ou Produto Mínimo Viável. Significa construir a versão mais simples e enxuta de um produto, empregando o mínimo possível de recursos para entregar a principal proposta de valor da ideia. Assim, é possível validar o produto antes de seu lançamento.

O que é um projeto MVP?

Um projeto MVP está relacionado ao conceito Lean, ou seja, otimizar o uso dos recursos garantindo a maximização do retorno. Nesse caso é preciso usar a criatividade e raciocínio para criar uma versão simplificada do que você pretende comercializar. Após testar a receptividade do seu produto no mercado e receber feedbacks, então é o momento de desenvolver as suas hipóteses sobre como a sua ideia atende aquela demanda.

Como criar um MVP?

Para criar um projeto MVP a primeira coisa que deve ser feita é a definição de uma proposta de valor, ou seja, como o seu projeto vai chamar a atenção do mercado para gerar lucro. Depois, entenda o interesse do mercado em relação ao produto ou serviço (que justifique o investimento), e por último interprete os feedbacks recebidos.

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