Clipping — ou clipagem — é o monitoramento e a coleta de notícias, menções ou conteúdos sobre uma marca, empresa ou tema em meios de comunicação. Ele ajuda a acompanhar a reputação, medir impacto de ações e identificar oportunidades estratégicas.
Quando o assunto é comunicação e Marketing, o objetivo de toda empresa ou empreendedor é que sua marca apareça na mídia — de preferência, inúmeras vezes. Mas, como monitorar essas aparições? É aí que entra o clipping.
Para as empresas que trabalham com uma agência de assessoria de imprensa ou relações públicas, o clipping é o elemento fundamental para que se faça a mensuração de resultados conquistados.
Neste post, vamos explicar em detalhes o que é, como fazê-lo e quais as oportunidades ele pode trazer para a sua empresa.
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O que é o clipping?
Clipping ou, na versão em português, clipagem, nada mais é do que processo contínuo de monitoramento, análise e arquivamento de menções feitas na mídia a uma determinada marca.
Além das matérias, cabe à empresa em questão definir quais informações eles pretendem registrar sobre a menção.
Em geral, são as seguintes:
- Data
- Veículo
- Relevância
- Tema da matéria
- Sentimento (positivo, negativo ou neutro)
- Valoração (quanto custaria o espaço na publicação)
- Audiência estimada
História do clipping
O clipping surgiu em outro contexto: na era dos jornais impressos, quando empresas contratavam serviços especializados para recortar e arquivar notícias relevantes sobre marcas, produtos ou pessoas.
Esse processo, inicialmente manual, era focado em publicações físicas, como jornais e revistas — daí o nome.
Com o avanço da tecnologia e o surgimento da internet, o clipping evoluiu para métodos digitais, permitindo o monitoramento em tempo real de mídias online, redes sociais e até transmissões audiovisuais.
Hoje, ferramentas automatizadas entregam relatórios detalhados com análises avançadas, tornando o clipping uma solução estratégica essencial para marcas que desejam entender sua presença na mídia e gerenciar sua reputação.
Como funciona o clipping?
O clipping funciona como um processo contínuo de monitoramento e análise de menções na mídia, seja online, impressa, audiovisual ou em redes sociais.
Ele pode ser realizado manualmente, com a equipe da empresa acompanhando as publicações, ou de forma automatizada, utilizando ferramentas específicas.
Aqui está um resumo de como o processo ocorre:
Definição de palavras-chave e critérios
A empresa ou agência estabelece os termos a serem monitorados, como o nome da marca, produtos, serviços, palavras-chave do setor ou concorrentes.
Também se define o escopo, como tipos de mídia (jornais, revistas, blogs, redes sociais), idiomas e regiões.
Coleta de dados
Em seguida, as ferramentas varrem as fontes selecionadas em busca de menções que correspondam aos critérios estabelecidos. Portanto, no caso de clipping manual, os responsáveis analisam fontes como jornais, sites e redes sociais.
Organização das informações
As menções coletadas são agrupadas e organizadas, geralmente em um banco de dados ou planilha.
Assim, informações como data, veículo, título da publicação, link, sentimento (positivo, negativo ou neutro) e relevância são catalogadas.
Análise das menções
Após a coleta, é feita uma análise para compreender a repercussão da marca. Isso pode incluir o tom das publicações, o público-alvo atingido e a relevância das menções em diferentes contextos.
Geração de relatórios
As informações organizadas são transformadas em relatórios analíticos. Assim, esses documentos oferecem uma visão geral da presença da marca na mídia, além de insights estratégicos sobre tendências, oportunidades e potenciais crises.
Portanto, com os dados em mãos, a empresa pode ajustar suas campanhas de comunicação, fortalecer parcerias com veículos mais receptivos e planejar estratégias para maximizar a exposição da marca.
📖 Veja também: O que é gerenciamento de crise, exemplos e como fazer
Qual é a importância do clipping?
O clipping é um dos elementos mais básicos para se medir os resultados da estratégia de comunicação de uma marca — e ao mesmo tempo um dos mais completos.
Quando bem organizado, é capaz de responder diversas perguntas sobre como está a imagem da empresa na mídia. Por exemplo:
- Ela é frequentemente citada?
- Quando aparece, é retratada de maneira positiva ou negativa?
- Qual público está atingindo?
Desse monitoramento, são retirados dados que podem reger a estruturação do plano de comunicação, seja para aumentar a exposição de uma marca, construir a reputação de uma empresa ou divulgar um produto ou serviço.
Assim, a partir do clipping, é possível também identificar assuntos sensíveis e quais são as publicações que mais abordam esses temas, ajudando a prevenir eventuais crises.
Essas informações também podem ser utilizadas para uma estratégia mais proativa. Delas saberemos, por exemplo, quais pautas rendem mais publicações, mais views e maior retorno financeiro.
Portanto, o ideal é que a empresa e/ou sua assessoria de imprensa redirecione a comunicação a assuntos que atraiam um maior público e promovam maior engajamento. Isso, claro, sem deixar para trás os valores e expertises da marca.
O clipping também mostra quais veículos são mais propensos a divulgarem pautas sobre a sua marca — aqueles mais receptivos.
Assim, após essa identificação, vale pensar em estratégias de aproximação com esses portais, jornalistas e comunicadores. Esse trabalho é comumente realizado pela assessoria, então não deixe de cobrá-la.
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O que são os tiers de veículos?
Um dos tratamentos mais básicos e importantes é estabelecer os chamados “tiers” dos veículos, uma relação de publicações que são mais relevantes para a sua empresa ou negócio.
O Tier 1 engloba os principais veículos de massa com portais, canais abertos de TV, jornais de grande circulação e rádios de grande audiência.
Você pode estabelecer também veículos segmentados que sejam bastante relevantes para a sua estratégia.
Por exemplo: se sua empresa é do setor de saúde, sair numa publicação voltada a profissionais de saúde é tão importante quanto aparecer numa matéria de negócios em um grande jornal.
Já o Tier 2 costuma englobar veículos de menor audiência, mas ainda sim relevantes, como os principais jornais, sites e revistas de uma região específica ou outras publicações segmentadas.
Por fim, o Tier 3 reúne publicações pequenas, blogs e outros registros online que não terão grande impacto, mas que ajudam em longo prazo na exposição da marca.
E vale lembrar: a mesma lógica dos três Tiers vale para influenciadores, podcasters, youtubers e outros formatos mais recentes de mídia.
Outros usos do clipping
O clipping é uma ferramenta estratégica que vai além do monitoramento da marca na mídia. Isto porque, ele auxilia na gestão de crises, identificando menções negativas e ajudando a mitigar danos à imagem.
Junto a isso, também avalia o impacto de campanhas de Marketing, monitora concorrentes e identifica tendências de mercado para ajustar estratégias.
Outra aplicação importante é a análise histórica, que ajuda a acompanhar a evolução da reputação e planejar ações futuras com base nos dados coletados.
Quais erros precisam ser evitados na clipagem de notícias atualmente?
Na clipagem de notícias, é importante evitar:
- Não ter planejamento, pois não definir objetivos claros para o monitoramento resulta em dados irrelevantes.
- Escolher inadequadamente as palavras-chave, visto que termos genéricos ou pouco específicos comprometem a eficácia.
- Fazer um monitoramento limitado e ignorar mídias importantes ou redes sociais, o que vai criar lacunas no acompanhamento.
- Não ter uma boa categorização, pois vai dificultar análises e decisões.
- Não adotar ferramentas modernas, reduzindo a eficiência e a precisão do clipping.
Monitorando o cenário e a concorrência
Algumas empresas ainda optam por fazer o clipping não só de si, mas também dos concorrentes diretos. Isto porque, pode ser interessante saber o quanto ele está sendo citado, em que veículos, por quais pautas e comparar os resultados.
Outra funcionalidade interessante do clipping é monitorar palavras-chave ligadas a sua marca e produtos. Assim, a ideia é entender quais as tendências e assuntos mais falados no setor e promover-se com base nessas informações.
No entanto, recolher tamanha quantidade de dados toma tempo. Para maior praticidade, há a opção de utilizar serviços pagos de clipping, que lhe entregarão informações já compiladas e classificadas.
Qual deve ser o investimento em clipping?
Não existe valor exato. Tudo dependerá do formato, da periodicidade (diário, semanal, mensal), da quantidade de informações presentes no clipping e, principalmente, da ferramenta escolhida para realizá-lo.
Portanto, entenda e escolha as opções de mercado mais eficientes e que melhor atendam as necessidades da sua empresa.
Quais as principais ferramentas e serviços de clipping?
O mercado oferece diversas ferramentas e serviços de clipping, desde opções gratuitas para empresas que estão começando, até soluções avançadas para grandes corporações.
Cada uma delas atende a diferentes necessidades e níveis de complexidade, permitind
o o monitoramento e análise de menções na mídia.
Algumas das principais:
Google Alerts
O Google Alerts é uma ferramenta gratuita, ideal para empresas menores ou com necessidades básicas de monitoramento. Isto porque, permite configurar palavras-chave e receber alertas por email sobre novas menções em blogs, notícias e outros sites.
É fácil de usar, mas com funcionalidades limitadas, como a ausência de análise de sentimento ou classificação.
Meltwater
É uma ferramenta paga, opção robusta para monitoramento global de mídia online, impressa, redes sociais e até mesmo transmissões de TV e rádio.
Ela oferece relatórios detalhados com análise de sentimento, audiência estimada e tendências de mercado. Por isso, é excelente para empresas que buscam insights estratégicos avançados.
Brandwatch
Já essa é uma plataforma, também paga, é voltada para grandes marcas, permite monitorar menções globais e oferece insights de tendências em tempo real. Ainda, inclui Inteligência Artificial para análise preditiva e monitoramento de concorrentes.
Evolua sua estratégia de comunicação
Após receber o clipping, o ideal é que a empresa ou sua assessoria monte um relatório com base nas informações trazidas.
Afinal, os dados por si só não dizem nada. É necessário compilá-los e analisá-los para entender profundamente os resultados e, a partir daí, estruturar a melhor estratégia para sua a sua marca.
O importante é que você tenha a segurança de que vai obter o que precisa para entender melhor o posicionamento da sua marca na mídia.
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