YouTube revela como funciona o seu sistema de recomendações

O YouTube tem mais que um algoritmo, são na verdade vários tipos de sistemas de recomendação. Saiba como otimizar seus vídeos para tentar ter mais visualizações!

Bruno Volpato
Bruno Volpato19 de abril de 2021
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Quem trabalha com redes sociais e outros sites que funcionam com base em algoritmos está sempre em busca de dicas para se posicionar melhor e fazer seus posts serem vistos. Por isso, um vídeo recente estrelando da product manager do Sistema de Recomendações do YouTube, Rachel Alves despertou o interesse da massa cibernética.

Ele foi postado no canal Creator Insider, que o time técnico do YouTube usa para se comunicar com a comunidade de criadores de conteúdo. E o que eles mais querem? Isso mesmo: fazer seus vídeos serem vistos. Embora não seja algo do tipo “guia para seu vídeo ter 1 milhão de views em um minuto”, ele traz dicas bem relevantes.

Abaixo, você pode assistir ao vídeo da Rachel na íntegra (em inglês). Depois, continue lendo o post para um resumo do que foi dito e alguns insights que tiramos.

Os algoritmos do YouTube

Para começo de conversa, Rachel deixa claro que o YouTube não tem apenas um algoritmo. "A página inicial oferece uma ampla variedade de vídeos quando você visita o youtube.com e usa sinais semelhantes aos 'vídeos sugeridos', mas são projetados para fazer coisas um pouco diferentes”, exemplifica.

Ela abre o vídeo apontando os dois fatores que importam para o sistema de recomendações do YouTube:

  • Ajudar o usuário a encontrar os vídeos que quer ver;
  • Maximizar a satisfação de longo-prazo do usuário.

Ou seja, a ideia é que os usuários saiam felizes por terem achado o que queriam assistir, para que voltem sempre. Rachel diz que esse sempre foi o objetivo do YouTube, mas que as métricas mais importantes mudaram com o tempo: já foram cliques, visualizações e tempo assistido do vídeo, enquanto agora ganham destaque produções de canais e criadores de conteúdo com autoridade e que fiquem longe de violar as regras de uso.

Ih, então quem ainda está começando o canal pode desistir, certo? Ainda não, como veremos a seguir.

YouTube faz pesquisas para ensinar o sistema de recomendações

Rachel diz que a partir do momento em que o YouTube entendeu que passar muito tempo vendo um vídeo não era sinônimo de ter saído contente daquela experiência, começou a investir pesadamente em questionários. Milhões deles são enviados mensalmente para entender como um usuário está se sentindo após assistir a algum conteúdo.

youtube sistemas de recomendação

A partir deles (e de outros sinais como likes/dislikes, compartilhamentos e cliques em “não tenho interesse”) é que o YouTube ensina seu sistema de recomendações a fazer melhores sugestões na home page e de o que assistir a seguir.

Isso também influencia o alcance e a distribuição de um vídeo, já que essas são a home page e a barra lateral de vídeos relacionados são as principais formas de uma produção ser vista pelos usuários. Quem diz isso é a própria Rachel, não eu.

>> Leia mais: Social analytics: o que é e como analisar os dados das redes sociais da empresa?

Como ser mais visto na homepage do YouTube

Ela ainda deixa claro que não há hacks ou dicas de ouro. “Você não pode otimizar para uma fonte de tráfego, só pode otimizar para pessoas e espectadores”, afirma. Isso tem muito a ver com uma regra de ouro de SEO muito propagandeada pelo Google: escreva para humanos, não para os robôs. Vale lembrar que o YouTube pertence ao Google…

Mesmo assim, a product manager indicou alguns caminhos para os criadores de conteúdo se destacarem nas partes nobres do site. Para homepage, ela sugere, por exemplo, que títulos e thumbnails sejam pensados para novos espectadores, e não para seus fãs recorrentes. Isso porque boa parte da tela de entrada é dedicada a oferecer coisas novas para quem está buscando algo para assistir. Faz sentido, não?

Tenha em mente, também, que o crescimento do consumo do YouTube via smart TVs faz com que a tela de abertura seja ainda mais importante. Em geral, é por ela que os usuários das televisões modernas entram no aplicativo e fazem suas buscas.

Além disso, é importante postar com “consistência”. Isso não necessariamente quer dizer “todos os dias”, mas sim “periodicamente mantendo a qualidade”.

>> Leia mais: Thumbnail: o que é e como fazer para gerar mais resultados no YouTube

Como ser mais visto nas recomendações do YouTube

O outro espaço nobre do YouTube é aquela barra lateral (ou abaixo no mobile e em smart TVs) com os vídeos para ver a seguir. São os vídeos recomendados. Ali, primordialmente, você encontra conteúdos que tenham a ver com o que está assistindo naquele momento - além do seu histórico, gostos, etc.

Aqui, também vale caprichar nos títulos e thumbnails, mas no sentido de manter uma identidade visual. Assim, as produções do seu canal são facilmente reconhecidas e tendem a receber cliques de quem já o conhece. Por isso, também faz sentido criar séries de vídeos sobre o mesmo tema, para que os usuários os assistam em sequência.

"Quando um espectador está olhando para tudo o que ele poderia escolher para assistir a seguir, há muitas opções. Se você tem uma marca realmente forte e identificável, que é consistente, é muito fácil entender quais vídeos são do seu canal, o que torna a escolha ainda mais rápida para os espectadores", detalha Rachel.

Outra dica apresentada também é recorrente aqui no blog para aumentar conversões: crie um CTA. No caso do YouTube, é finalizar o vídeo sugerindo que assista a outro complementar ou ao próximo da série. Playlists e telas de encerramento também com a sua identidade visual são ações também sugeridas pela product manager.

Tipos diferentes de vídeos vem de diferentes fontes

Por fim, Rachel Alves fala sobre diferentes fontes de tráfego para diferentes tipos de vídeos. Veja no gráfico abaixo como, de fato, varia bastante. São 3 exemplos: um “how to” ou guia, uma playlist musical e um canal de notícias. 

fontes de tráfego de tipos de vídeo no youtube

Os vídeos “how to” ou de guias são os mais comuns no Marketing Digital, como é o caso do nosso canal, por exemplo. Como mostra o gráfico, eles são mais vistos após pesquisas, por isso é importante investir em SEO para os seus conteúdos no YouTube. É válido também pensar nas hashtags que você vai usar, pois elas ganharam mais relevância recentemente.

Além disso, as dicas que trouxemos neste post também se aplicam, já que os seus objetivos de marketing em vídeo devem observar o que o YouTube leva em consideração. Pense na identidade visual, no ritmo de produção e, mais importante, em oferecer conteúdo relevante para o seu público-alvo e sua persona, buscando a fidelização.

Você também pode usar seus vídeos no YouTube como uma forma de gerar contatos e vendas. Para isso, pode usar os espaços para colocar links, como a descrição e alguns botões na tela. Eles podem levar a conteúdos complementares no seu site, blog ou Landing Pages, em que você pode capturar contatos e iniciar relacionamentos comerciais. Pode também, é claro, investir em anúncios na plataforma.

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Bruno Volpato

Bruno Volpato

Quem escreveu este post

Jornalista com mais de 10 anos de experiência em portais de notícias, blogs, assessoria de imprensa e redes sociais.

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