O mapa conceitual é uma ferramenta visual que organiza informações, partindo de um tema abrangente e conectando ideias menores. Ajuda a estruturar o conhecimento ou projetos, facilitando a assimilação e transmissão do conteúdo, ao direcionar o pensamento criativo e visual.
Você se lembra da época do colégio, quando os professores faziam mapas mentais para resumir um conteúdo muito denso? A intenção dessa prática era facilitar a nossa absorção de uma matéria. E isso nada mais é do que um exemplo prático de um mapa conceitual.
Apesar de ser muito utilizado por estudantes, a utilidade dos mapas conceituais vai além da academia. Pense no caso da sua própria agência. Você já foi bombardeado de informações no briefing com o cliente e sentiu necessidade de organizar as ideias? Já teve dificuldade de passar para o designer exatamente os conceitos sobre o projeto?
Nessas e em diversas outras situações, fazer um mapa conceitual pode ser extremamente útil para facilitar a sua vida.
Mas, afinal, como fazer um mapa conceitual? É exatamente sobre isso que vamos falar nesse post. Boa leitura!
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O que é um mapa conceitual
Podemos dizer que o mapeamento de conceitos é um brainstorming com um propósito. Isto porque, você parte de um conceito abrangente, ou de um super tema, e vai quebrando isso em pequenas partes, com setas e elementos que mostram a conexão entre elas.
Portanto, a proposta do mapa é organizar as informações para que o seu pensamento criativo e visual possa ser direcionado. Veja um exemplo:
Visualmente, o mapa conceitual mostra a relação entre as ideias de um tema. É uma ferramenta que nos ajuda a organizar os conceitos, auxiliando assim na estruturação do conhecimento ou de um projeto.
Assim, com as informações organizadas, é muito mais fácil de assimilar o conteúdo ou de transmiti-lo a outras pessoas.
História do Mapa Conceitual
O mapa conceitual foi criado nos anos 1970 por Joseph Novak na Universidade Cornell, como uma ferramenta para organizar e visualizar conhecimento de forma clara.
Ele foi inspirado nas teorias de aprendizagem de David Ausubel, que destacavam a importância de conectar novas informações ao que já sabemos. Assim, Novak desenvolveu o mapa para facilitar essa conexão, ajudando tanto na aprendizagem quanto no ensino.
Pra que serve um mapa conceitual?
Um mapa conceitual serve para organizar e representar visualmente ideias ou informações de forma clara. Assim, ajuda a estruturar o conhecimento, facilitando a compreensão, assimilação e transmissão de conceitos.
Portanto, esse é um recurso muito útil em projetos, estudos e brainstorming, momentos em que é útil mostrar as relações entre diferentes ideias.
Além de ser muito útil quando se está estudando, o mapa conceitual também pode ser utilizado no planejamento estratégico do seu negócio, na produção de conteúdo para clientes ou para a própria agência, e no desenvolvimento de novos produtos ou projetos.
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Qual a diferença de um mapa conceitual para o mapa mental?
O mapa conceitual foca em conexões lógicas e mais estruturadas. Já o mapa mental é mais subjetivo, facilitando a organização mental e o fluxo livre de ideias.
Na prática, o mapa conceitual tem uma estrutura mais organizada e conecta conceitos com setas e palavras de ligação que explicam as relações entre eles. O objetivo, portanto, é representar e organizar informações complexas.
Por outro lado, o mapa mental é mais livre e tem foco em uma ideia principal, a partir da qual surgem subtemas ou pensamentos. Assim, essa ferramenta é mais voltada para a organização de ideias de forma não linear, sendo útil para organizar pensamentos de forma criativa.
Exemplo de mapa conceitual
Para clarear, veja o exemplo de mapa conceitual a seguir. Ele foi criado com o objetivo de nortear o processo de criação de conteúdo para redes sociais.
Dessa forma, “conteúdo para redes sociais” é a ideia central. Do lado esquerdo, estão a agenda, com cada dia da semana, e os tipos de conteúdo que devem ser considerados nessa agenda.
Já à direita, estão elencadas as etapas do processo. Dessa forma é possível entender melhor quais são os elementos e passos para organizar a produção de conteúdo e tirar essa estratégia do papel.
Benefícios dessa ferramenta
O mapeamento conceitual é um recurso muito útil para profissionais que precisam planejar, comunicar e executar estratégias de maneira mais eficaz.
A seguir, confira seus principais benefícios:
Organização de ideias: ajuda a estruturar e visualizar informações complexas de forma clara e lógica, facilitando, assim, o entendimento.
Facilita a aprendizagem: melhora a assimilação de novos conhecimentos e a retenção de informações ao conectar conceitos
Melhora a comunicação: simplifica a apresentação de informações complexas, já que permite compartilhar ideias de forma visual e direta. Assim, torna-se mais fácil o alinhamento entre equipes e clientes, por exemplo.
Planejamento eficiente: apoia no planejamento de projetos e campanhas, já que permite identificar todas as etapas e como elas se conectam.
Resolução de problemas: ajuda a identificar relações entre problemas e soluções ao conectar diferentes elementos, promovendo uma visão ampla e estratégica.
Quais são os tipos de mapa conceitual?
Existe mais de um tipo de mapa conceitual, com diferentes estruturas, que se adaptam a diferentes necessidades. A seguir, veja os principais tipos.
Hierárquico
Esse é o tipo mais comum de mapa, no qual conceitos são organizados hierarquicamente: do mais geral para o mais específico, em uma estrutura vertical.
Assim, o conceito principal fica no topo, enquanto as ramificações abaixo dele mostram como os subtemas se conectam. É ideal para mostrar a relação de hierarquia entre conceitos.
Teia de Aranha
Esse tipo de mapa organiza conceitos em torno da ideia central, semelhante à estrutura de uma teia — por isso o nome.
Dessa forma, é útil para explorar ideias de forma criativa e identificar todas as possíveis conexões com o conceito central. É comumente usado em atividades como brainstorming e planejamento de conceitos inter-relacionados.
Mapa de Sistema
Este tipo de mapa conceitual foca em representar relacionamentos de causa e efeito entre conceitos, organizando-os para mostrar como os elementos interagem dentro de um sistema.
Assim, pode ser útil para visualizar processos dinâmicos, como sistemas de feedback e fluxos contínuos entre diferentes partes de um sistema.
Fluxograma
Foca em mostrar o fluxo de um processo ou sequência de eventos. É usado para mostrar como uma sequência de ações ou decisões se desenrola ao longo do tempo ou como um processo avança de um ponto a outro
Portanto, é útil para planejar etapas de um projeto, detalhar a execução de uma campanha ou ilustrar um funil de vendas, por exemplo.
Quando fazer um mapa conceitual?
Um mapa conceitual pode ser feito em diferentes situações, como apoio para organizar e visualizar informações de forma clara. A seguir, veja alguns momentos ideais para utilizá-lo, principalmente em agências e consultorias:
- Resolução de problemas: o mapa conceitual ajuda a quebrar um problema em partes pequenas. Dessa forma, é possível identificar causas, soluções e suas relações com mais facilidade.
- Planejamento de projetos e estratégias: pode ser usado para organizar ideias, definir etapas e identificar relações entre diferentes componentes, destacando como cada elemento se relaciona.
- Apresentações ou treinamentos: apoia na criação do conteúdo para apresentações, facilitando a comunicação clara e lógica das ideias apresentadas.
- Análise de informações: o mapa conceitual pode ajudar a conectar os pontos e a gerar insights — principalmente quando as informações vêm de várias fontes.
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Antes de falarmos efetivamente sobre como fazer um mapa conceitual, você precisa conhecer a composição dessa ferramenta. Assim, ficará muito mais fácil de criar os seus próprios mapas. Então, vamos lá:
Ideia ou conceito central
Todo mapa conceitual deve partir de uma ideia ou conceito central, que será quebrado em partes menores. Esse elemento central é o ponto de referência que irá contextualizar os demais conceitos ou ideias presentes no mapa.
Como identificar a sua ideia ou conceito central? Simples: ela se trata do problema ou do objetivo que o mapa pretende desvendar e solucionar.
Conceitos
Essas são as partes menores que citamos acima. Os conceitos são fragmentos da ideia central, e são compostos por palavras-chave essenciais à compreensão do elemento central.
Se o seu conceito central for o filme Harry Potter, por exemplo, Rony e Hermione serão alguns dos conceitos.
Estrutura hierárquica
Como você já pode ter percebido pela ideia central, um mapa conceitual geralmente segue uma hierarquia. A proposta é que a análise do mapa parta do conceito central para os conceitos menores e suas definições.
E esses elementos devem ser conectados por setas, linhas e descrições — ou qualquer coisa que esclareça a relação entre eles e facilite o entendimento das informações.
Frases de ligação
Como o próprio nome já diz, as frases de ligação servem para ligar conceitos. Elas são elementos intermediários, que se encontram nas linhas que conectam os diferentes níveis hierárquicos.
Para melhor compreensão, uma boa prática é que as frases de ligação sejam curtas e fáceis de entender.
Definições
Após quebrar a ideia central em conceitos menores, chegará um momento em que você precisará de definições. Esses elementos são fundamentais para que você possa, de fato, memorizar ou aprender sobre o tema do mapa.
Como fazer um mapa conceitual: Passo a passo
Agora que você já está familiarizado com a estrutura de um mapa conceitual, vamos à parte prática.
Existem 5 passos principais para criar essa ferramenta:
1. Escolha o meio para fazer o mapa conceitual
Um mapa conceitual pode ser feito no papel ou no meio tecnológico, em diferentes aplicativos e plataformas.
No próximo tópico vamos mostrar algumas opções de ferramenta que você pode utilizar, mas por hora apenas saiba que o primeiro passo é escolher qual meio será usado.
2. Defina a ideia central
Como vimos no tópico anterior, tudo começa com uma ideia central. Portanto, o primeiro passo é defini-la.
Aqui a sugestão é criar uma lista. Assim, você pode elencar todas as ideias e então analisar qual melhor representa a ideia central, classificando as restantes como ideias secundárias.
3. Liste todos os conceitos que têm relação com a ideia central
Lembra que dissemos que fazer um mapa conceitual é fazer um brainstorming com propósito? Então, chegou a hora de brainstormar!
Em uma folha ou página separada do mapa, faça uma lista com todas as ideias que podem se relacionar ao tema central. Por exemplo, se o seu conceito central for “Inbound Marketing”, sua lista pode conter termos como:
- Marketing de Conteúdo
- Redes sociais
- Jornada de compra
- Funil de vendas
- Canais
- Email Marketing
- Mídia paga
- Software de Automação de Marketing
Dessa lista, você vai selecionar os principais, por exemplo, Jornada de Compra, Marketing de Conteúdo e Canais. Os itens selecionados devem ser aqueles que englobam os outros tópicos, e podem estar configurados considerando uma hierarquia.
4. Defina um método de organização
Lembre-se que o mapa conceitual tem como premissa representar visualmente a ideia central. Por isso, escolher a forma que você vai conectar os conceitos é muito importante. Você pode optar por usar setas, círculos, quadrados, linhas, enfim — qualquer elemento que seja mais intuitivo para você e sua equipe.
Este é o momento de já ir preparando o terreno do seu mapa, isso é, criando seu layout. Por exemplo, se for usar quadrados, deixe as formas vazias já prontas ou desenhadas para ir preenchendo depois.
5. Posicione e relacione os conceitos
Esta é a etapa final. Depois de ter a estrutura pronta, é hora de colocar os conceitos em seus devidos lugares. Para isso, pense nas conexões que você vai fazer entre eles e vá preenchendo seu mapa. Se precisar, também pode utilizar as frases de ligação.
Todos os conceitos que forem utilizados no mapa devem estar conectados a pelo menos mais um conceito. Portanto, não podem existir ideias soltas.
Ferramentas para criar um mapa conceitual
Ok, mas como colocar a construção do mapa em prática? Para te ajudar, a seguir, separamos algumas ferramentas úteis para você usar.
Canva
O Canva é uma ferramenta super completa para profissionais de agências e consultorias. Isto porque, além de servir para criar apresentações e templates para redes sociais, também pode ser usado para fazer um mapa conceitual.
A plataforma conta com diversos templates de fluxogramas (alguns inclusive gratuitos), que você pode utilizar e personalizar como preferir.
Miro
O Miro é outra ótima opção para criar mapas visuais. Além de contar com diversos templates agrupados por funcionalidade, você também pode construir times e trabalhar em conjunto com a sua equipe no mesmo lugar.
A plataforma conta com grandes quadros brancos que te dão muita liberdade para criar o seu mapa conceitual como você preferir.
LucidChart
O LucidChart também é um aplicativo bem completo para criação de mapas conceituais, disponível na versão mobile tanto para Android quanto para iOS.
Ao selecionar um template para o seu fluxograma, você pode escolher entre diferentes categorias como: Educação, Gerenciamento de Serviços e Engenharia. Assim fica mais fácil direcionar o estilo do projeto.
Você também tem liberdade para alterar formas, fazer comentários e adicionar imagens.
SimpleMind
Se você quer iniciar um projeto mas ainda não conseguiu estruturar as ideias e está perdido sobre por onde começar, o SimpleMind pode ser de grande ajuda.
O aplicativo, disponível na Play Store e App Store nas versões gratuita e paga, se posiciona como “um app descomplicado para criar mapas mentais”. A plataforma é bem simples de usar e muito intuitiva.
miMind
O MindMeister facilita a criação de mapas mentais colaborativos online. Também oferece uma tela infinita para brainstorming, anotações, planejamento de projetos e inúmeras outras tarefas criativas, sem necessidade de download.
Papel
Por fim, se você acha que já trabalha com tecnologias demais e faz parte do time old school que prefere esquematizar mapas conceituais no papel, saiba que essa também é uma opção! Use canetas coloridas e divirta-se!
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