
Em vez de ler, que tal ouvir o post? Experimente no player abaixo:
O RD Summit, maior evento de Marketing Digital e Vendas da América Latina, está acontecendo a todo vapor em Florianópolis. Agora você vai conferir um conteúdo especial que fez parte da palestra do Ruy Shiozawa, CEO da Great Place to Work.
Em sua palestra, Ruy Shiozawa falou sobre as mudanças digitais que vem invadindo o mundo nos dias atuais. Ele defendeu e explorou os três pilares que acredita serem fundamentais para uma revolução digital de sucesso:
- A transformação deve ser melhor para os negócios;
- A transformação deve ser melhor para as pessoas;
- A transformação deve ser melhor para o mundo.
Para Ruy, a fórmula da revolução é "simples":
Tecnologia + pessoas = transformação.
Além de defender fortemente a participação das pessoas nesse processo, Ruy ainda contou como foi o processo pelo qual a GPTW passou para fazer parte dessa revolução. Continue lendo para saber mais!
Melhor para os negócios
De acordo com uma pesquisa da Fortune, do ano 2000 até hoje, 50% das 500 maiores empresas mundiais já desapareceram. Esse dado revela a grande dificuldade que as empresas têm não só em adentrar o mercado, mas principalmente em se manter nele de forma competitiva.
Hoje temos dois cenários principais: de um lado, as startups - representadas pela inovação e agilidade, porém frequentemente restringidas pelo acesso ao mercado; de outro, as organizações tradicionais - representadas pela força da marca e de mercado, mas ambientadas em um quadro de inércia e resistência à mudança.
A oportunidade de negócio não está nem em um modelo, nem em outro, mas sim em um meio termo entre ambos. Como criar a conexão entre esses dois mundos? Essa é uma das grandes missões da GPTW, e a empresa já abriu as portas do mercado para diversas organizações, como: Pulses, Pin People, Appus, Reachr e GoGood.
Uma grande dica para quem quer entrar e continuar no mundo dos negócios é pensar globalmente. As soluções da empresa devem sempre visar a presença global, e não somente a local. No caso de Israel, por exemplo; como o mercado interno do Estado é muito pequeno, as empresas sempre se viram obrigadas a expandir para o mercado externo.
Melhor para as pessoas
Outro dado interessante advindo da Fortune, é que 75% (sendo muito otimista) das startups desaparecem em menos de 4 anos. Isso acontece por conta de problemas em três áreas principais: finanças, clientes, e processos. Para sobreviver dentro do mercado, é preciso ser bom nesses três quesitos.
Mas para ser bom em qualquer um deles e para solucionar qualquer questão dentro de uma organização, você precisará de pessoas. Independente da área que estiver com problemas, é com pessoas que as soluções serão encontradas e postas em prática. Por isso, é fundamental saber aproveitar melhor o capital humano das organizações.
Ao questionar a importância das pessoas no ambiente corporativo, muitos concordam que pessoas são essenciais; porém, pouquíssimos colocam essa importância em prática.
Na GPTW, o método usado para valorizar seus funcionários é o que eles chamam de giftwork. Essa metodologia visa, basicamente, incentivar e promover um trabalho mais humano, valorizando o colaborador. Segundo Ruy:
Estamos muito acostumados com um método de trabalho transacional, no qual o trabalhador dá seu tempo ao chefe e este lhe devolve um salário. Essa relação, além de ser fria, costuma não ser muito motivacional para o funcionário. É justamente para mudar isso e alcançar o melhor das pessoas que se aplica o giftwork.
Um exemplo disso que tem-se na GTPW, é a Maroca. A Maroca é uma colaboradora que não só cozinha para a equipe, mas cuida dela, conversa, entende, sabe o dia que alguém está mal de estômago e faz um cházinho para essa pessoa. E por cuidar tão bem dos Greaters, a GPTW resolveu recompensá-la de uma forma diferente: sabendo que a família da Maroca é da Bahia e que a empresa sediaria uma premiação em Salvador, convidaram a Maroca para ir junto, visitar sua família, e ainda palestrar no evento sobre como era seu trabalho na Great Place to Work.
Essas ações não dependem de um investimento financeiro tão alto para a organização e trazem um retorno gigante. Por isso, sempre se pergunte: como você está alcançando o melhor dos seus funcionários? Como você transforma o ambiente de trabalho deles todos os dias?
A Transformação digital deve ser boa para o mundo
O terceiro pilar da revolução digital é que ela deve ser melhor para o mundo. Deve-se criar uma organização exponencial.
Mas como fazer isso? Com PROPÓSITO!
É fundamental que a empresa tenho um propósito bem definido e que todas as suas ações sejam impulsionadas por ele. Por exemplo, o propósito da GPTW é o de construir uma sociedade melhor. E como eles alcançam isso? Construindo um ambiente de trabalho melhor.
Sabemos que milhões de emprego estão desaparecendo; mas, ao mesmo tempo, milhões de empregos novos estão sendo criados no mundo digital. Contudo, não se pode pegar uma pessoa que ocupava um cargo "antigo" e colocá-la imediatamente em um cargo "novo". O grande desafio é cuidar do gap entre essas duas funções para que as pessoas possam se inserir no novo mercado. É preciso proporcionar capacitação, treinamento e incentivo. E promover isso também é uma das missões da Great Place to Work.
A GPTW apoia, hoje, o Movimento Brasil Digital, que visa um país inovador e inclusivo. A organização defende altamente a transformação digital, desde que seja pensada nos três pilares citados anteriormente. O plano é estimular cada vez mais pessoas e todos os tipos de pessoas a criarem seus negócios digitais; a inclusão deve ser um pilar vital da revolução digital.
Como a GPTW abraçou a transformação digital
A responsável por iniciar o processo de inovação na GPTW é a Carol Maffezolli, que já está na empresa há 10 anos. Ela também participou da palestra, na qual contou sobre os principais mentores que despertaram nela a ânsia pela revolução digital e a ajudaram a levar esse movimento para dentro da empresa.
Um desses mentores foi Gil Giardelli, seu professor da ESPM. Em suas aulas, Carol descobriu que já existiam impressoras 3D revolucionando a área da saúde, imprimindo rins e válvulas, por exemplo; mas em seu ambiente de trabalho, a empresa ainda usava impressoras para imprimir coisas como apostilas.
É lógico que a GPTW não tinha porquê imprimir órgãos, mas o que Carol logo percebeu com isso foi que as coisas deveriam ser mudadas. Ela viu que estava na hora da organização se atualizar e fazer diferente, do contrário não se destacaria no mercado. Ela começou a levar essas ideias para a GPTW, e a motivar a equipe a buscar conhecimento sobre o tema em diversos canais.
Depois de dois anos criando essa cultura e urgência de mudança dentro da organização, esse pensamento foi multiplicado. O time ficou tão alinhado que vários membros da equipe foram fazer o curso de Gil Giardelli na ESPM em Porto Alegre, inclusive o CEO. Alguns membros também foram para o SXSW, em Austin, nos Estados Unidos. Todos os eventos que participaram trouxeram uma troca de experiências, networking e benchmarkings muito ricos, além de fornecer vários passos para colocar todo o conhecimento adquirido em prática.
Além disso, Carol também conta que foi com a ajuda da RD e da metodologia do Inbound Marketing que a GPTW conseguiu trazer diversas inovações para os processos da empresa e escalar seu negócio. Ao realizar projetos, a organização também passou a atuar com uma gestão horizontal de trabalho, na qual cada pessoa é gestora em sua área de conhecimento. A autonomia conferida à cada especialista foi fundamental para otimizar o trabalho da empresa, que em 7 meses lançou uma plataforma completa.
Conclusão
Em resumo, para se alcançar a transformação digital é preciso seguir três passos: conectar as startups às organizações tradicionais, criar um ambiente de trabalho de confiança e promover o giftwork para gerar inovação, e fazer disso tudo um processo inclusivo.
E você, já começou a revolucionar seu negócio? :)