
O termo Storytelling é muito explorado no mundo dos negócios e aqui no Blog de Agências da RD já fizemos uma postagem explicando sobre o assunto. Porém, nem sempre utilizamos dessa estratégia para realizar entregas surpreendentes.
Neste post, pretendo compartilhar algumas boas práticas para começar a construir um Storytelling que faça sentido e abrace as mais diversas áreas.
O primeiro passo é entender a tríade que compõe o Storytelling. Seu tripé de sustentação é fundamentado por 3 elementos, que precisam estar sempre conectados:
- Técnicas Narrativas: nesta etapa, são definidos os caminhos conceituais que sustentarão o conteúdo;
- Conteúdo Narrativo: parte mais conhecida e explorada do Storytelling, é o que dá vida à técnica;
- Fluidez: para uma história ser consistente, ela precisa ser contínua. Não busca ser interruptiva, mas sim criar experiências e momentos que aproximam suas audiências.
Uma boa dica é trabalhar por etapas para te nortear quando você estiver na “bolha de criatividade”, ou seja, para evitar aquele momento criativo em que aparecem milhares de ideias sem contexto. Mas fique atento, pois não existem regras no processo criativo, apenas inspirações. 😉
As 4 formas para começar um bom Storytelling
Quem nunca travou ao iniciar uma campanha ou protelou para começar aquele projeto, que parecia ser muito trabalhoso?
Para fugir de momentos em que você “gasta” suas ideias, (com o objetivo de focar sua criatividade no insight correto), compartilho as 4 principais formas para estruturar suas histórias. São modelos bem acionáveis e que dão um bom ponto de partida para qualquer brainstorming. São elas:
1. Product Placement
Incluir nas narrativas histórias que sejam relacionadas ao uso de seu produto ou ao propósito da marca.
2. Narratologia
Desenvolver uma história para explicar o motivo pelo qual a empresa (ou produto) é a solução ou uma referência de mercado.
3. Personalidade de Marca
Usar arquétipos (modelos mentais) que posicionam a sua marca na cabeça de seus clientes.
4. Cultura Pop
Absorver as referências da cultura pop para trabalhar e relacioná-las ao seu produto ou empresa.
Um exemplo muito bacana foi uma ação feita na época em que eu trabalhava em uma agência, quando recebemos o seguinte briefing: engajar o público de 13 a 18 anos, a partir de um conteúdo que tivesse conexão com o título do filme (Sete Desejos) e que gerasse “buzz” na mídia.
Analisando a melhor estrutura para focar o brainstorming, decidiu-se que o mais assertivo seria trazer algum elemento da cultura pop ao público alvo para acionar gatilhos específicos. O resultado você confere abaixo.
[embed]https://www.youtube.com/watch?v=2nRPT2ftwDc[/embed]Ao reviver a “Roda dos Desejos” com a atriz e digital influencer Maísa, foi possível gerar um engajamento surpreendente e viralizar nas redes sociais.
Conteúdos Orbitais
Também existe uma outra técnica muito importante para canalizar a criatividade e facilitar o desenvolvimento de ações fora da curva, que é o uso das camadas orbitais (relaxa, não estamos falando sobre química 🙌🤣).
Quando se fala sobre esse tipo de camada orbital, entende-se que são os níveis em que você pode relacionar a imagem de sua marca ou produto.
Para trabalhar com camadas, basta imaginar os universos em que você está inserido. O primeiro universo é seu próprio produto e na sequência vem o seu segmento. Um exemplo é a própria Resultados Digitais, que ajuda na evolução de seus parceiros com o Blog de Agências (segmento) e assim capacita quem trabalha com o RD Station (produto).
Depois dessas duas primeiras camadas, tem-se os hábitos de quem usa, o contexto em que este produto está inserido e os valores que a marca passa.
Uma empresa que trabalha de forma exemplar com suas camadas orbitais é a Red Bull, contemplando desde a relação de um energético com esportes radicais até as “asas” que você ganha ao consumir o produto.
Muito mais do que um nome e uma logo, [uma marca] é a promessa de uma organização a um cliente para oferecer o que a marca representa não apenas em termos de benefícios funcionais, mas também benefícios emocionais, auto-expressivos e sociais. (David Aaker)
E como escolher a melhor forma de conteúdo?
Até agora você já viu as três macro-etapas que englobam o storytelling, conheceu as quatro principais formas para balizar o seu brainstorming e também já sabe as camadas para canalizar toda a criatividade.
Então, só falta entender os principais tipos de conteúdos para motivar o engajamento de sua audiência! Eles servem para agilizar na tomada de decisão e aumentar os resultados. Os principais tipos de conteúdo são:
Informativo
É aquele que agrega valor a partir de conhecimento.
Ele é produzido para auxiliar aquele prospect que está querendo saber mais sobre o seu produto. Trabalhe com dicas, hacks e recomendações de uso. Dedique-se para ensinar esse potencial cliente. Por que não colocar um vídeo na home de seu site explicando seus serviços e mostrando cases, por exemplo?
Serviço
São conteúdos que servem para ajudar sua audiência.
A lógica por trás do conteúdo de serviço é simplificar a vida das pessoas, resolver algum problema ou até mesmo a economizar tempo. Um bom exemplo foi a campanha #PreparaPraMim, que ao twittar os ingredientes disponíveis em sua geladeira + a hashtag, o usuário recebia uma receita pronta!.
Comunicação
Esse conteúdo cria um senso de comunidade ao redor de elementos ou do produto em si.
Trabalhar com essa vertente é bem simples: desenvolva ações que acolham as pessoas e gere comunicação espontânea. Também dá margem para estimular influenciadores e aproximar interesses em comum.
Entretenimento
Neste tipo de conteúdo o intuito é promover experiências à audiência.
Experiência é uma trend que irá durar por muito tempo. Então, é bom investir em conteúdos que tenham significado e tragam momentos marcantes para quem interage.
E sempre se deve tomar muito cuidado para os conteúdos não parecerem forçados ou interruptivos. Precisam ser desenvolvidos de forma minuciosa, pois as audiências estão cada vez mais exigentes.
Conclusão
O que podemos extrair desde blogpost é um grande plano de ação para aplicar o storytelling em qualquer ação imaginável!
Plano de Ação:
- Defina a melhor (ou melhores) estratégias para contar a sua história
- Veja até onde você pode explorar seu conteúdo
- Encontre a melhor forma de produzir esse conteúdo
Dessa forma, tem-se uma linha para otimizar sua criatividade e entregar serviços fora da caixa, com estratégias que servem como um grande outline para potencializar seus resultados!