Este post faz parte do RD Summit Live Show, a cobertura completa do RD Summit 2019. Além de artigos, teremos entrevistas com palestrantes, fotos, vídeos e mais durante os três dias de evento. Visite a página da cobertura e fique por dentro de tudo!
Na Endeavor desde 2012, a atual diretora da organização no Brasil, Camilla Junqueira, viu mudanças importantes acontecerem no ecossistema do empreendedorismo brasileiro. Em sua palestra — que marcou a abertura do RD Summit 2019 – ela contou um pouco dessa história e deixou uma mensagem inspiradora para quem empreende.
De um grande deserto a um país de empresas unicórnio
Quando a organização de apoio ao empreendedorismo Endeavor chegou ao país, no ano 2000, o ecossistema brasileiro era um grande deserto. "Os empreendedores não tinham apoio, a palavra empreendedor nem existia no dicionário e o empresário era como um vilão de novela", conta Camilla Junqueira. Foi nesse cenário que a Endeavor chegou, com o objetivo de tornar o país em uma nação empreendedora.
De lá para cá, foram muitas mudanças. Nos anos 2000, o Brasil vivia um boom econômico enquanto o mundo estava em crise. Mas, em 2012 — ano que ela entrou na Endeavor — tudo mudou. Uma crise econômica e política levou o povo às ruas, no que parecia ser um péssimo momento para empreender.
Mas aconteceu justamente o contrário. Foi em 2012 também que surgiu no país uma nova leva de scale-ups — empresas que têm um retorno médio anualizado de pelo menos 20% nos últimos 3 anos. Unicórnios como Nubank e 99 surgiram nessa época. Também foi em 2012 que a Resultados Digitais criou seu software de Marketing Digital e vendas para pequenas e médias empresas, o RD Station. Hoje são mais de 12 mil clientes.
Em apenas quatro anos, o número de startups brasileiras triplicou: de 2015 para 2019, fomos de 4 mil para 12 mil empresas desse tipo, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups).
Esse movimento ganhou ainda mais força em 2019, quando o SoftBank anunciou investimentos voltados para startups da América Latina. Nessa leva o Rappi, por exemplo, ganhou o maior investimento da região até então — 1 bilhão de dólares.
Empreendendo na crise
"Todos esses empreendedores começaram quando o Brasil era um ponto de interrogação, mas, mesmo com as dificuldades, conseguiram criar negócios relevantes e de alto valor", conta.
Para a diretora da Endeavor, momentos de crise, apesar do que se pode pensar, são prolíficos para empreendedores. Para ela, "quando o sistema falha, sempre vai existir um grupo de mentes brilhantes para criar soluções para os problemas".
Para ela, o que essas empresas estão fazendo é mais do que gerar empregos, mas, sim, gerar empregos de qualidade, além de resolver grandes problemas, revolucionar indústrias e ir além das fronteiras do país. E é só o começo: "imagina o que essas empresas serão capazes de fazer nos próximos 3 anos?", conclui.