Este post faz parte do RD Summit Live Show, a cobertura completa do RD Summit 2019. Além de artigos, teremos entrevistas com palestrantes, fotos, vídeos e mais durante os três dias de evento. Visite a página da cobertura e fique por dentro de tudo!
“Transformação digital de verdade é aquela que as pessoas não veem, senão você está fazendo errado”. Foi com esta afirmação que Vitor Peçanha, co-fundador da Rock Content, iniciou sua palestra na 7ª edição do RD Summit.
Em sua apresentação, ele falou de forma descontraída sobre os inimigos da verdadeira Transformação Digital - que pode ser um pouco diferente do que a maioria das pessoas pensam. Confira!
Os inimigos da Transformação Digital
Peçanha ressaltou que a falta de contexto não é mais aceitável. “O contexto determina o sucesso de qualquer mensagem”, afirmou. E isso vem de manobras como a segmentação de Leads, que envolve o conteúdo certo, para a pessoa certa, no canal certo. E como se chega lá? Por meio da boa e velha... - ops, recente! - coleta e interpretação de dados!
Afinal, não deixamos nossos rastros e dados em todos os lugares? Ainda que anonimizado, nosso perfil está por aí, bem como nossas intenções enquanto consumidores.
“Quanto mais específico o conteúdo, menor seu alcance e maior sua conversão”, destacou.
Logo, cabe aos profissionais de Marketing equilibrarem a balança entre visibilidade e customização. Se você escolher, por exemplo, uma palavra-chave de cauda longa, pode ser que poucas pessoas procurem por ela. Contudo, essas poucas pessoas são, geralmente, ótimas oportunidades! Se, pelo contrário, utilizar uma palavra-chave mais curta ou genérica, é provável que muitas pessoas acessem seu conteúdo, mas entre elas estejam muitos Leads sem qualquer fit para o seu negócio.
Para encontrar o equilíbrio, precisamos de dados e muita análise. E, segundo Peçanha, é isso que diferencia os profissionais do passado e os do futuro.
Galera do fundão (do funil)
De acordo com Peçanha, trata-se daquele pessoal que só sabe falar sobre a própria marca: sem agregar valor e utilidade para o usuário, ou seja, sem resolver a real dor do seu público.
Entender a intenção do consumidor é essencial. “O usuário muitas vezes é preguiçoso e não termina sua busca no Google, usa só as primeiras palavras e olhe lá”, aponta. “Você precisa entender a intenção dele, o que ele quer saber ou precisa de verdade. Não é sobre o que as pessoas estão procurando, mas o que elas querem encontrar”, explica.
Formatos e canais de conteúdo
“Quando se fala em formato de conteúdo, o método arroz com feijão é o melhor. Se você não faz nem o básico, por que inventar moda?”
A fala está relacionada aos profissionais que buscam se diferenciar da maneira errada, tentando reinventar a roda. Inovar não é errado, já inovar sem propósito… Blog posts, emails, posts em redes sociais: por muitos são considerados formatos “chatos” de conteúdo. Porém, Peçanha dá a letra rapidamente:
“Se formato chato é um blog post que ranqueia em primeiro lugar no Google e rende 2,4 milhões de reais… estou muito feliz com isso!”
Se todo mundo está fazendo, vou fazer também...
Não faça isso! Nesse momento da palestra, Peçanha falou dos "marketeiros" que, só porque veem todo mundo fazendo algo, resolvem fazer também - sem análise ou propósito para tanto, apenas guiados pelo famigerado Fomo, o "Fear of Missing Out" - em bom português, o medo de “perder” algo, de ficar para trás.
E é aí que está o “invisível” citado no início deste post: a estratégia de Transformação Digital precisa estar baseada, novamente, em dados e segmentação. Não no que você vê o seu concorrente fazendo, por exemplo.
“Você pode estar na Transformação Digital e ser analógico. E pode aplicar o Marketing Digital e fazer o básico”, revela Peçanha, ao contar para o público sobre a revista impressa que a Rock Content criou depois de um estudo sobre os canais de maior interesse de diretores de Marketing.
Para finalizar, Peçanha deixou a mensagem:
“Imagine sua estratégia como uma semente, que primeiro está embaixo da terra, onde ninguém vê. Depois, poderá ser uma linda árvore, um vistoso ipê-amarelo. Mas de nada adiantará a árvore ser linda se o que o seu Lead quiser, na verdade, for chupar jabuticaba”.
Sacou?