Marcos Piangers encanta audiência do #RDSummit ao falar com sinceridade sobre felicidade no trabalho

Com o tema “O futuro do trabalho e o trabalho do futuro”, Piangers falou sobre as principais tendências relacionadas ao mundo profissional para os próximos anos

Bruno Volpato
Bruno Volpato8 de novembro de 2019
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Este post faz parte do RD Summit Live Show, a cobertura completa do RD Summit 2019. Além de artigos, teremos entrevistas com palestrantes, fotos, vídeos e mais durante os três dias de evento. Visite a página da cobertura e fique por dentro de tudo!


Marcos Piangers resolveu se empenhar em encontrar a resposta à pergunta “é possível ser feliz no trabalho?”. Associado ao grupo Back to Humans, vem há um ano entrevistando pessoas para tentar sanar esta dúvida. Já foram mais de 300 entrevistas, em 20 cidades e 6 países. E o trabalho continua!  Em sua palestra no RD Summit, então, o profissional resolveu compartilhar os insights gerados pelo trabalho até então. 

A apresentação começou forte: “uma coisa que não dá para entender é esse acordo que a gente fez de ficar tantas horas - muitas vezes horas extras! - em um escritório, um local fechado (...) e chamar isso de trabalho”. 

Piangers escolheu falar, e com sabedoria, sobre a rotina dos profissionais que, ainda que tão mais atualizados, enfrentam horários engessados e inflexíveis, não veem os filhos crescerem (ou mesmo a luz do dia) e sofrem com problemas físicos e psicológicos. Citou, ainda, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, até 2020, a depressão será a maior causa de afastamento do trabalho. 

De acordo com os dados recolhidos pelo jornalista, escritor e palestrante, 98% dos trabalhadores está cansado e 75% considera o chefe estressante. E por que trabalhamos tanto, afinal? A primeira razão, e mais óbvia, claro, é o dinheiro. Em segundo lugar vem o culto à produtividade, a pressão que sofremos para dizer: “sou alguém, faço algo significativo".

Contudo, Piangers é claro e certeiro. “Não adianta, quanto mais a gente trabalha, pior a gente produz".  A Microsoft, por exemplo, simulou uma jornada de trabalho de apenas 4 horas por dia e constatou que os profissionais ganhariam um total de 40% aumento de produtividade. E 92% deles, após o teste, aprovaram a ideia.

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O que buscamos no trabalho?

Além do retorno financeiro, aprendizado. “Nos sentimos humanos e valorizados quando aprendemos”, afirma Piangers. “As pessoas não precisam de feedback, precisam de atenção, de ajuda para fazer, principalmente, o que elas fazem muito bem”, completa. 

Funcionários felizes também são claramente mais lucrativos. “Aquele chefe hierárquico, mandão, é coisa do passado. O líder de hoje é aquele que está do seu lado, auxiliando você a chegar onde precisa”. 

E quais são as tendências para o futuro do trabalho e o trabalho do futuro, afinal?

Piangers apresentou 5 tendências principais:

1. Flexibilização

De horários, de benefícios, a possibilidade de levar os filhos para o escritório sem ser julgado(a), por exemplo. E o que será necessário dos profissionais?

  • Autogestão;
  • Conhecimento tecnológico;
  • Capacidade de comunicação.

2. Salto lateral

Será comum a rotação entre diferentes áreas. É crescente o desejo dos profissionais de sair da sua função atual e reinventar-se: 51% dos trabalhadores brasileiros está, por exemplo, procurando outro emprego. Para tanto, essa parcela precisa:

  • Amplificar sua capacidade em vendas; 
  • Segmentar, ou seja: encontrar um nicho específico e que façam sentido para o indivíduo empreender ou explorar; 
  • Simplificar ideias. Empresas existem para auxiliar e tornar a vida das pessoas mais fácil, afinal.

3. O algoritmo é meu chefe

Muitos profissionais autônomos da tecnologia, por exemplo, não possuem “chefes”. Será mesmo? Piangers disse que, na verdade, quem lidera essas pessoas é o algoritmo - e faz todo o sentido!

Para o futuro, podemos esperar, então:

  • Times híbridos;
  • Capacitação constante;
  • Humanidade e ética.

E todos estes fatores aliados à saúde mental e emocional: “nossa biologia não está preparada para lidar com a relação com a robótica e o algoritmo”. Logo, precisamos falar sobre, desmistificar algumas coisas e diminuir nossa ansiedade em relação às máquinas

4. Desaceleração

Piangers ressaltou a importância que profissionais da saúde - mental e física - terão no futuro. Eles serão ainda mais populares, estarão dentro das empresas, porém, com menos glamour. “Eles vão competir com as informações disponibilizadas no Google”. 

E é justamente aí que entra o toque de humanidade, o calor humano. A demanda será alta e também esses profissionais precisarão se adaptar. 

5. Toque humano

Por fim, Piangers discorreu sobre a necessidade da capacidade de desenvolver habilidades humanas e não-tecnológicas. No caso, não adianta ser especialista em SEO, por exemplo, mas não conseguir falar ao telefone ou comunicar-se bem. “Humanidade, gentileza, a máquina não consegue replicar”, salientou. “Humanos encantam humanos”. 

A palestra foi encerrada, ainda, com uma ação muito bacana. Piangers falou sobre sua família e como o ato de agradecer e reclamar menos é algo que eles procuram colocar em prática sempre. Logo, convidou os 5 mil presentes na plenária do RD Summit 2019 a olharem para o lado e dizerem ao colega “estou feliz por estar aqui”. Para os que já se conheciam, o proposto foi falar “eu te amo” ou algo similar. 

Bom, não precisamos nem dizer que o público aplaudiu de pé, não é mesmo?

Bruno Volpato

Bruno Volpato

Quem escreveu este post

Jornalista com mais de 10 anos de experiência em portais de notícias, blogs, assessoria de imprensa e redes sociais.

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