Este post faz parte do RD Summit Live Show, a cobertura completa do RD Summit 2019. Além de artigos, teremos entrevistas com palestrantes, fotos, vídeos e mais durante os três dias de evento. Visite a página da cobertura e fique por dentro de tudo!
Em sua primeira vez no Summit, a empreendedora e consultora Eleonora Diniz trouxe ao palco do RD Summit uma palestra com o tema O essencial de Google Analytics. Diante da plenária lotada, ela deu os primeiros passos para quem quer começar a usar o serviço.
A especialista, que acumula 30 anos de carreira na área de tecnologia, começou falando um pouco sobre os primórdios da internet brasileira, mencionando o primeiro site do país — do banco Bradesco — e a criação do portal UOL, em 1996.
Naquele tempo, não havia ferramenta avançada. Ao contrário de hoje: atualmente, são tantos canais diferentes que é preciso de uma ferramenta para monitorá-los em um só lugar. E é aí que entra o Analytics.
Surge, então, a pergunta: como fazer um bom trabalho com a ferramenta do Google para aproveitar esse contexto?
Construindo uma estratégia no Google Analytics
Para Eleonora Diniz, ter sucesso no Analytics inclui uma série de passos. Em primeiro lugar, o site precisa ter um objetivo. É preciso pensar em macroconversão (a meta principal do site, motivo pelo qual ele existe) e microconversão (são aqueles itens importantes, mas que, se deixarem de funcionar por um momento, não vão causar um dano tão grande).
Depois, vem a definição de indicadores. São eles que vão dizer se a estratégia funciona. Com base nos objetivos que você pensou, defina metas. "É por meio delas que será possível dizer se você está bem ou se a casa está caindo", conta a especialista. É preciso também entender os indicadores ao bater o olho neles. "A ideia é que você trate os indicadores mais como percentuais do que como valores", explica.
No processo de setup, marketing e T.I. precisam dar as mãos. Primeiro, é preciso fazer o setup do Google Analytics. Depois, o tagueamento, colocando etiquetas como se faz com as roupas de uma loja. Cada página ganha uma dessas etiquetas.
Também é preciso organizar campanhas. "Suas campanhas são únicas, e estão sendo vinculadas em mais de uma fonte", diz. Quando essas informações chegarem no Analytics, você vai saber a performance da campanha em cada fonte. Os nomes das campanhas precisam ser todos em minúsculos, evitando acentos e preferindo traços no lugar dos espaços.
No setup, também é possível filtrar dados por IP, por exemplo, para excluir quem é da própria empresa, por exemplo. É possível ainda conectar o Google Analytics com o Google Ads e com o Google Search Console.
Ela deu o exemplo de um cliente que vendia papinha para bebês, mas não mencionava isso em nenhum lugar do site — usava, no lugar, os termos "comidinha congelada". O problema era que o dono do site estava vendo do ponto de vista dele — era assim que chamava o produto — e não pelo olhar do usuário. Quando mudou o termo de acordo com a pesquisa dos usuários, conseguiu atrair mais tráfego.
Já na análise, é preciso mapear a jornada até a conversão. Para detectar quedas e aumentos, é necessário analisar o perfil do público (questões demográficas, dispositivo que usa para acessar, se é usuário novo ou recorrente), comportamento (páginas mais vistas, taxas de rejeição), tráfego (orgânico, pago, redes sociais, SEO) e conversão (caminhos mais frequentes, performance do e-commerce, funil de conversão).
De tudo isso, é possível obter insights diversos, como a necessidade de ampliar a receita, melhorar o processo de conversão, otimizar o valor de duração do cliente, melhorar o engajamento da audiência.
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