Toda vez que anuncia uma atualização ou teste em seu algoritmo de ranqueamento, o Facebook deixa apreensivos os profissionais de marketing do mundo inteiro.
Isso porque a maioria das empresas está na rede social e depende dela, pelo menos em parte, para divulgar conteúdos, produtos e serviços.
Recentemente, por exemplo, causou polêmica a notícia de que o Facebook escolheu seis países — Bolívia, Guatemala, Eslováquia, Sérvia, Sri Lanka e Camboja — para um teste no qual apenas publicações de amigos e família apareciam no feed de notícias.
Nada de posts de páginas. O temor era de que pagar para inserir publicações da empresa na página inicial da rede social se tornaria obrigatório para todos. O Facebook negou que pretende fazer isso no futuro.
É por especulações como essa que é sempre interessante saber, de forma oficial, como o algoritmo do Facebook funciona.
Em outubro de 2017, a rede social lançou um vídeo em que explica como feed de notícias funciona. Na mesma ocasião, também tornou públicos alguns princípios para publishers que desejam ser bem-sucedidos no site.
Apresentado pelo vice-presidente de product management da rede social, Adam Mosseri, que cuida do feed de notícias, a gravação traz alguns insights importantes. Saiba quais são:
Como funciona o algoritmo do Facebook
Adam Mosseri começa ressaltando que seu objetivo é conectar as pessoas às publicações que mais interessam a elas. E que, para fazer isso, o Facebook utiliza um algoritmo, que chama de Ranking.
Ele diz que, explicando de maneira simples, um algoritmo é uma fórmula, com alguns passos, que tem o objetivo de resolver determinado problema. Mas a ideia é um pouco abstrata. Por isso, dá um exemplo prático:
Digamos que eu esteja esperando pela minha esposa em um restaurante e que ela esteja atrasada. Ela me manda uma mensagem pedindo para fazer o pedido. Nesse momento, tenho um problema para resolver. Preciso decidir qual comida peço para ela. E esse problema pode ser dividido em etapas.
A primeira coisa que ele faria seria checar o que está no cardápio, já que não é possível pedir algo que não está disponível no restaurante.
Depois, considera todas as informações disponíveis para tentar tomar uma decisão. Dados como: será que ela gosta de peixe? Será que não gosta de hambúrguer? É hora do almoço ou da janta? O que esse restaurante tem de bom? O que ela comeu no almoço de ontem?
Assim, é possível estimar a probabilidade de ela ficar feliz com determinada escolha.
No Facebook, cada uma dessas etapas tem um nome.
Inventário
A primeira das etapas utilizadas para o ranqueamento é chamada de Inventário.
No feed de notícias, o cardápio do restaurante são as histórias de amigos, da família e de pessoas e páginas que você segue que ainda não foram visualizadas.
Sinais
A segunda é chamada de Sinais, que são as informações disponíveis para tomar decisões.
São dados como quão antiga uma publicação é, quem a publicou, quão rápida é sua conexão e até qual o tipo de celular que utiliza para acessar o aplicativo.
“Confiamos nos sinais e nos feedbacks da comunidade para decidir qual conteúdo pode ser considerado problemático, como conteúdos violentos, spam, publicações caça-cliques”, explica.
Predições
O Facebook usa os sinais para tentar fazer Predições, a terceira etapa, que determina quão suscetível a curtir ou compartilhar determinada publicação — ou mesmo a escondê-la ou denunciá-la — você é.
Essas predições são pesadas e cada publicação recebe uma nota, que diz quão interessado o Facebook pensa que você está em determinada publicação disponível no seu inventário.
Os posts, então, são ordenados de acordo com essa pontuação, do mais interessante para o menos interessante.
Essa é a maneira que o Facebook usa hoje para classificar o que aparece na linha do tempo de todos os usuários.
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