Chegamos ao fim da última semana do penúltimo mês do último dos anos 10. Isso, como já debatemos exaustivamente por aqui, não significa absolutamente nada. Mesmo que não acreditemos no passado e no futuro, pois só existe o presente, o simbolismo persiste e acabamos sendo tocados por questões sentimentais.
Quem sabe pela proximidade do Natal e da renovação de esperanças da abstração chamada revéillon, o giro de notícias desta semana aborda temas que dizem respeito a uma internet que já foi. Talvez, até mesmo, a uma internet que poderia ter sido ou que ingenuamente escolheu deixar de ser. Assim, o Twitter e Tim Berners-Lee estão por aqui.
Bom, o fato é que nosso próximo post de notícias será só em dezembro. E, pouco depois, 2019 chegará ao fim. Outra certeza que temos é que a nossa newsletter continuará sendo entregue regularmente às sextas-feiras, trazendo positividade à sua caixa de entrada. Se você ainda não assina, tem uma nova chance abaixo. Depois, continue lendo o post!
Twitter em “A volta das arrobas que não foram”
Dizer que o Twitter entrou em polvorosa na semana que passou pode parecer redundante. Afinal, os tuiteiros estão sempre atazanados por algum motivo todos os dias, envolvendo-se em discussões que às vezes, infelizmente, descambam em violência verbal. Porém, nos últimos dias, um assunto lembrou a época raiz da rede social: as arrobas.
Nos primórdios do microblog, escolher um bom username era fundamental para mostrar quem você era, fosse seu nome ou um apelido. Muita gente, inclusive, passou a ser conhecida pela @. Bem no começo, mas bem mesmo, era mais fácil conseguir a que você queria. Agora, é quase impossível, forçando o uso de números e outros subterfúgios.
Muito disso se deve a usuários que fizeram suas contas e, depois, abandonaram seus perfis indefinidamente. Eu, por exemplo, tenho uma @ bem ok, que tem meu nome e sobrenome. Porém, sempre quis algo mais curto, como @volps - é mais fácil de citar, ocupando menos espaço, mesmo com a ampliação de caracteres. Sempre foi um perfil natimorto, porém.
Corta para 2019
Pois nesta semana, do nada, o Twitter mandou avisar que ia começar a deletar contas a partir de 11 de dezembro. O critério era muito simples: se o usuário não logou nos últimos 6 meses, teria a conta desativada. A internet - ou os tuiteiros - fizeram a festa: milhares, talvez milhões de arrobas seriam liberadas, e muita gente já começou a mapear as suas.
Só que logo começaram os problemas. As contas automáticas, que nem sempre são bots do mal, iriam desaparecer. Aquelas que postam links diretamente, por exemplo, assim como outras que se dedicam a rastrear tuítes apagados de políticos e autoridades. A maior crítica, no entanto, veio de uma inesperada relação emocional de muitos usuários: pessoas mortas.
Você já deve ter visto no Facebook alguma conta memorial, que é oferecida a familiares de usuários falecidos que querem manter o perfil. É uma forma importante de lidar com o luto para várias pessoas. O Twitter não tem isso. Muitos perfis de pessoas que já se foram, portanto, iriam sumir no dia 11 de dezembro, entristecendo amigos e parentes.
Twitter decide repensar
Diante dessa repercussão fortemente emocional, o Twitter comunicou, no dia seguinte, que iria repensar o sumiço repentino das arrobas inativas. A justificativa foi realmente ligada aos tuiteiros que já nos deixaram: ninguém seria removido até a rede social descobrir como lidar com esses perfis tão importantes para muitas pessoas.
Além disso, a empresa explicou que já tinha uma política de deletar perfis inativos, mas não a exercia. E com a GDPR, lei de proteção de dados europeia, precisa levar isso mais a sério. No fim, esse caso nos lembra das conexões reais e extremamente pessoais que temos com as redes sociais. Elas podem ajudar a lidar com uma enorme dor.
Não há previsão alguma de apagamento de perfis no Brasil, por enquanto, mas quem sabe vale a pena fazer o login na sua conta de Twitter inativa. Talvez você vá se lembrar de quando aquilo era bem mais divertido. Só tome cuidado com a virulência por lá.
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Inventor da web lança plano para salvá-la
Tim Berners-Lee, o inventor da web, quer salvá-la dela mesmo. Ele lançou nesta semana o Contract for the Web, um plano de ação global para deixar o mundo online mais seguro e empoderar as pessoas dentro dele. O documento foi elaborado por cerca de 1 ano por mais de 80 organizações, e conta com o apoio de 150, incluindo Google, Facebook e Microsoft.
Ele disse o seguinte ao jornal britânico Guardian:
Se deixarmos a web como está hoje, há muitas coisas que vão dar errado. Podemos acabar em uma distopia digital se não mudarmos as coisas. Não é que precisamos de um plano de 10 anos para a web, nós precisamos mudá-la agora.
O contrato tem 9 princípios, divididos igualmente em 3 grandes grupos. Veja a seguir, em tradução livre:
Governos
- Assegurar que todos consigam se conectar à internet
- Manter a internet disponível o tempo todo
- Respeitar e proteger os direitos fundamentais das pessoas à privacidade online e de dados
Empresas
- Deixar a internet acessível e a um preço que as pessoas possa pagar
- Respeitar e proteger a privacidade os dados das pessoas para construir confiança online
- Desenvolver tecnologias que apoiem o melhor da humanidade e enfrentem o pior dela
Cidadãos
- Serem criadores e colaboradores na web
- Construir comunidades fortes que respeitem as conversas civilizadas e a dignidade humana
- Lutar pela web
No site oficial da iniciativa, você pode conhecer cada um dos itens acima em profundidade. Vai saber também o que pode fazer para ajudar, além de se inscrever para receber mais informações ou somente manifestar seu apoio.
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E.T. volta para visitar Elliot 37 anos depois
Já que o tema deste post é a saudade de um passado que não volta, vamos falar um pouco de alguém que voltou: E.T., o extraterrestre. O simpático alienígena eternizado no filme de Steven Spielberg lançado em 1982, apareceu novamente na Terra. E veio visitar seu velho amigo, Elliot. Essa é a trama de uma propaganda da Xfinity, empresa provedora de serviços de internet, streaming de vídeo e outras possibilidades tecnológicas.
O tema é justamente as possibilidades de conexão do mundo moderno, que Elliot e sua família alegremente apresentam ao amigo do espaço. As referência ao filme são múltiplas, despertando a nostalgia na turma que está na casa dos 30, 40 e 50 anos. Não, eu não estou chorando, você é quem está chorando.
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RD lança eBook sobre Hipercrescimento
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