Quando alguém acessa o seu site, certamente veio de algum lugar da web. Suas ferramentas de Web Analytics vão indicar que os visitantes podem ter te encontrado através de uma ferramenta de busca, como o Google, podem já conhecer o seu site e entrar diretamente ou podem vir de uma infinidade de outras possibilidades.
O ponto é que cada um desses tipos de visitantes possuem uma certa imagem em mente e, quase sempre, os motivos da visita são diferentes. Nesse post vamos explorar esses motivos através de uma perspectiva psicológica para entendermos que ações esperar de uma pessoa vinda de cada uma dessas fontes de tráfego.
Tráfego de ferramentas de busca
Quando as pessoas chegam ao seu site através de uma ferramenta de busca, como Google, Bing ou Yahoo, estão geralmente procurando por respostas a uma questão específica ou uma informação em certo assunto.
Considere essa como a real natureza das ferramentas de busca: você digita o que quer e espera que a resposta apareça. Isso significa que visitantes vindos de ferramentas de busca tendem a ficar e ler seu conteúdo para encontrar as respostas que procuram. Se eles não encontram a resposta no seu conteúdo, podem procurar em algo que você anuncia, seja isso uma publicidade comum ou um eBook, por exemplo. Por isso, em geral, visitantes de ferramentas de busca tendem a gerar uma taxa de cliques maior no que você anuncia.
Cada vez mais as pessoas associam o número um nos resultados de buscas para determinada palavra chave como uma autoridade no assunto e isso afeta o comportamento no seu site. As pessoas confiam mais na sua marca e tendem a fazer coisas como assinar sua newsletter ou seu blog.
Tráfego direto
Tráfego direto é aquele em que os visitantes digitam diretamente o endereço do seu site na barra de endereços. É uma boa fonte de tráfego. Se as pessoas já conhecem seu endereço, é porque a experiência anterior foi boa o suficiente para que elas se lembrem disso.
Como esse público é composto quase sempre por visitantes antigos, é provável que eles entrem no seu site para conferir quais são as últimas atualizações. O que eles provavelmente fazem, se ainda não fizeram, é se envolver mais com seu blog, assinando os feeds e interagindo nas redes sociais. Também são os que mais tendem a deixar comentários no seu blog. Vale sempre responder e prover conteúdo, para que eles continuem voltando.
Tráfego de mídias sociais
A psicologia por trás das mídias sociais parece sempre voltar-se ao desejo do usuário de ser notado e ter seu espaço pessoal online.
O ponto principal aqui é que ou as pessoas querem ser sociais com seus amigos ou querem ser entretidas. Isso acaba gerando bounce rates altas para esse tipo de visitante, já que uma vez que entraram no seu blog e rapidamente viram o que queriam, estão prontos para seguir para o próximo site. No Twitter, por exemplo, onde há vários tweets com sugestões a serem lidas, esse comportamento é ainda mais acentuado.
O que é realmente bom nas mídias sociais, no entanto, é a capacidade de viralizar o conteúdo. Como há essa tendência de ir de um site para o próximo, se alguém de fato encontra um conteúdo interessante, vai compartilhá-lo para indicar que esse vale mais a pena que os outros. Assim que você conseguir alguém falando sobre seu conteúdo, produto ou qualquer outra coisa, vão espalhar por você se isso entretém ou é particularmente útil.
Tráfego por referência
Há algumas similaridades entre o tráfego por referência e as mídias sociais, mas vale fazer a distinção porque há uma diferença entre ouvir sobre algo nas mídias sociais e em um site.
Quando um amigo indica algo nas mídias sociais, você geralmente dá uma olhada. Sua intenção é ver quão útil ou divertido é o link e não necessariamente porque você realmente confia no conselho do seu amigo. Se é um site que você confia falando a mesma coisa, você vai conferir com um olhar diferente, sabendo que o conselho vem de uma referência. É mais ou menos como ouvir um conselho de saúde por um amigo que leu sobre o assunto e por um médico: você até acredita em ambos, mas de certa forma segue mais o conselho do médico.
No entanto, essa analogia não funciona para todo tipo de referência. Há uma distinção entre diferentes links recebidos.
Uma possibilidade é receber um link do estilo blogroll em que alguém lista seu site como um dos favoritos. Nesse caso a bounce rate tende a ser mais alta e deve haver menos interação com seu site. Tudo o que o site fez foi dizer que gosta do seu blog, mas sem indicar especificamente o que nem o porquê - e deixar para que o usuário descubra isso não costuma ajudar tanto.
No entanto, quando você receber a referência através de um link no conteúdo ou através de um post como convidado para outro site, casos em que o usuário já sabe o que encontrar no seu blog, há um interesse muito maior em saber o que você tem a dizer. Além disso, você “herda” a credibilidade de quem te indicou.
Para esses casos, é provável que leiam um pouco para ver se você é interessante e então assinem seu blog ou te sigam no Twitter. O grande ponto aqui é mostrar que de fato você oferece um bom conteúdo sobre o assunto em que você foi referenciado.
Links pagos
Esse tipo de referência tem uma proximidade muito grande com o tráfego de ferramentas de busca. A diferença é que, se você está pagando, pode escolher exatamente para qual página você quer levar o usuário.
Dessa forma é interessante criar uma página de conversão que mostre claramente para o usuário a resposta ao problema que ele está procurando e que o incentive a se converter em cliente ou oportunidade de negócio.
O que é melhor para você?
Já vimos que, para cada tipo de tráfego, atrai-se um tipo de usuário diferente. Daí surge a importância de pensar nos objetivos do seu blog. Dependendo da ação que você quer que o usuário realize, pode priorizar a otimização de um tipo específico de fonte de tráfego.
Se sua intenção é espalhar mais o conteúdo e fazer mais “barulho”, pode focar nas mídias sociais. Se quer atrair mais assinantes, pode escrever mais posts como convidado e assim por diante.
E aí, qual funciona melhor para você?
Esse post é uma adaptação de artigo do Problogger