Milhões de novas publicações por dia são feitas no Facebook, Twitter e Instagram com os mais diversos assuntos. Por esse motivo, exigem a existência de algoritmos que permitam segmentar e priorizar os conteúdos mais relevantes para cada usuário.
Afinal, mesmo podendo escolher com quem se conectar, todos estão diariamente suscetíveis a receber centenas de interações referentes a cada ação de seus contatos, o que tornaria nossas experiências nas redes sociais, no mínimo, desgastantes.
A solução encontrada por elas foi a mesma: criar um feed de notícias a partir de algoritmos baseados nos interesses e interações dos usuários.
Por terem objetivos distintos, os algoritmos das redes sociais são diferentes. E, naturalmente, estão em constante desenvolvimento.
Mas o que é bom para o usuário é desafiador para os profissionais de marketing. Agora, é preciso estar sempre atento às mudanças para otimizar as estratégias de atração do seu público alvo.
O objetivo desse post é trazer as principais características dos algoritmos das redes sociais, de maneira a colaborar com o entendimento sobre o que faz e o que não faz sentido do ponto de vista da atração.
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O algoritmo do feed de notícias do Facebook
No Brasil, o Facebook possui cerca de 130 milhões de usuários que passam, em média, 20 minutos por visita na rede social. Por dia, eles são expostos a cerca de 1.500 publicações, mas só visualizam 100 em seus feeds de notícias.
Mas por que isso acontece?
Em 2014, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse que o principal foco da rede é se tornar um “jornal personalizado para cada pessoa”.
Por isso, o Facebook está em constante aprendizado sobre o comportamento dos seus usuários, buscando empoderá-los para chegar na definição de que ações definem se um conteúdo é ou não é interessante. O objetivo é manter os visitantes por mais tempo na rede social, interagindo com o maior número de publicações possível.
O botão de curtir, implementado em 2007 – três anos após o lançamento da rede social – foi a primeira mudança significativa do algoritmo direcionada a mapear o nível de relevância de um conteúdo para os usuários.
A estratégia se desenvolveu até que, em 2016, foram lançadas as reações, outros botões que têm como objetivo irem além da aprovação de uma publicação: buscam medir o engajamento que ela gera, recebendo feedbacks positivos e negativos.
Em resumo, qualquer reação em uma publicação do Facebook é entendida pelo algoritmo como uma curtida por ter causado engajamento.
Embora pareça muito simples, na verdade o algoritmo do Facebook contém mais de 100 mil variáveis que, se combinadas, hackeiam o comportamento dos usuários e a interação com o conteúdo disponível na rede social.
Dois dos aspectos que norteiam essa análise são:
1. Origem da publicação
Em 2015, depois de concluir que seus usuários se preocupavam muito com a possibilidade de perderem atualizações de seus amigos mais próximos em meio às informações do feed de notícias, o algoritmo do Facebook passou a permitir a escolha de quais páginas ou pessoas eles gostariam de ver as atualizações primeiro.
Antes disso só existiam filtros para o que as pessoas não queriam ver, com a opção de ocultar publicações e o unfollow (deixar de seguir). A relevância dos conteúdos e engajamento com outros usuários ou páginas eram medidas pelas curtidas, compartilhamentos e comentários. Nesse momento, foram lançadas as Preferências do Feed de Notícias, para empoderá-los nessa escolha.
2. Relevância da publicação
Com base no histórico de interações, o algoritmo do Facebook, também conhecido como Edgerank, consegue prever quando uma publicação será curtida, clicada, comentada ou marcada como spam.
A combinação das variáveis cria o score de relevância, que organiza a ordem na qual os posts aparecerão para cada usuário. O primeiro que aparecer será, portanto, o mais capaz de gerar engajamento naquele momento. Esse cálculo sempre é realimentado pelos feedbacks positivos e negativos.
A mesma lógica é utilizada com o Facebook Ads. Se é esperado que os ads melhorem a experiência dos usuários na rede social, o diagnóstico de relevância colabora com a identificação do público-alvo para as empresas que utilizam dessa estratégia de atração.
É possível ler mais sobre como o algoritmo colabora com o Facebook Ads no Diagnóstico de Relevância de Anúncios.
O algoritmo da Timeline no Twitter
Assim como aconteceu com o Facebook, os usuários do Twitter também se preocupavam em perder as atualizações mais relevantes de seus contatos mais próximos na rede social.
A partir disso, a rede social mudou de posicionamento e passou a dar a opção para o usuário decidir se quer ver as informações em ordem cronológica ou por relevância com o novo algoritmo. Isso foi feito com o desenvolvimento de duas alternativas para definição dos tweets que são mostrados na timeline: “enquanto você esteve ausente” e “melhores tweets primeiro”.
A primeira opção, “enquanto você esteve ausente”, foi criada em 2015 e age sobre os usuários que acessam a rede social poucas vezes ao dia para que eles não percam atualizações importantes nas contas com as quais mais interagem.
Essa opção aparece logo depois que o usuário faz login e, embora não haja muita informação sobre como a relevância é medida, o conceito de engajamento com o tipo de conteúdo e a conta de origem do tweet são bastante significativos.
Já a segunda possibilidade, implementada em 2016, é baseada no cálculo sobre a relevância do conteúdo para os usuários. Nesse caso, a ordem cronológica das publicações é deixada de lado, e o conteúdo é mostrado de acordo com a probabilidade de gerar engajamento.
Para 2017, o Twitter anunciou uma nova mudança deixando um modelo de relevância que envolve o engajamento, interações e recência do tweet. Além disso, foi mudado o “enquanto você esteve ausente” para “Caso você tenha perdido”.
Não existe um número máximo de melhores publicações, embora a média não passe de 12. O mais importante aqui é que, de qualquer forma, o usuário concorda que todos os tweets de sua timeline sejam mostrados por ordem de relevância.
A última alteração do algoritmo da rede social foi apresentada em 2018, quando Twitter passou a permitir os usuários escolher a timeline entre “Mais recentes” e “Tweets em Destaque”.
O algoritmo do feed do Instagram
Até o ano de 2014, o Instagram não possuía nenhum algoritmo que monitorasse individualmente as atividades dos usuários para sugestão de fotos em sua aba “explorar”. Ali eram mostradas as publicações mais populares entre todos os usuários, sem qualquer direcionamento específico. Além disso, a timeline mostrava as publicações em ordem cronológica, sem levar em conta a sua relevância.
No entanto, ao ser adquirido pelo Facebook, o Instagram passou a ter o mesmo foco na melhoria da experiência dos seus usuários, uma vez que estimava-se que eles não viam 70% das fotos de seus feeds em suas visitas à rede social.
>> Leia mais: Algoritmo do Instagram: o que é, como funciona e quais são os principais fatores levados em consideração?
A partir do novo algoritmo, a ordem das publicações no feed do Instagram passou a ser definida pelos seguintes fatores:
- Número de curtidas e comentários, para medir o engajamento;
- Nível de interação com o usuário da origem do post;
- Horário da publicação, para a rede social não perder a característica cronológica da visualização;
- Para quem o usuário envia mensagens diretas e qual o tipo de conteúdo compartilhado com essas pessoas.
Para saber mais, não deixe de assistir o vídeo que fizemos falando do algoritmo no Instagram e como pode ser melhor aproveitado na sua empresa!
Tudo se resume às boas práticas
Embora as três redes sociais tenham respondido de maneiras distintas à necessidade de criar algoritmos mais complexos para o desenvolvimento da experiência de seus usuários, em termos de Marketing Digital, essas modificações levam a uma mesma conclusão: cada vez mais a qualidade do conteúdo e da propaganda serão determinantes para o alcance orgânico e pago dentro das redes sociais.
Tão importante quanto reconhecer as boas estratégias de marketing, é minimizar a disseminação de conteúdo e informação de baixa qualidade nas redes sociais. Os algoritmos dessas mídias são, no fim das contas, um incentivo às boas práticas de segmentação de público alvo e criação de campanhas e conteúdos relevantes, essenciais para a garantia de bons resultados com o Marketing Digital.
Hoje, no Brasil, mais de 90 milhões de pessoas utilizam alguma rede social com frequência diária. Por isso, utilizá-las como canais de atração e conversão é de extrema importância para qualquer produto ou serviço.
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Post originalmente publicado em março de 2017 e atualizado em setembro de 2020.