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Você já deve ter ouvido falar por aí sobre a série da Netflix La Casa de Papel. O seriado espanhol já conquistou o coração de fãs mundo afora. Além disso, foi considerado uma obra-prima pela revista Variety e está acumulando elogios e prêmios por aí.
Mas, afinal, sobre o que é a série La Casa de Papel? ~prometo não dar spoilers~
A série conta a história de um assalto à Casa de Papel da Espanha (que corresponde à nossa Casa da Moeda), orquestrado por um personagem chamado Professor. Esse personagem, além de planejar milimetricamente o roubo, também recrutou algumas pessoas com características diferenciadas para participar.
Vou compartilhar com vocês o que aprendi com a série e algumas analogias que conseguimos facilmente adaptar para o mundo das agências.
Estratégia e planejamento
O primeiro ponto que me chamou a atenção na série foi a estratégia e o planejamento usados pelo Professor. Ele diz que passou anos de sua vida planejando como seria o assalto, nos mínimos detalhes. Depois disso, reuniu a equipe e passaram 5 meses estudando a fundo o plano. Todos sabiam o que deveriam fazer, como fazer e o impacto de cada ação pessoal com o plano.
O objetivo também estava muito claro: entrar na casa de papel, imprimir a maior quantidade de dinheiro possível e sair de lá, sem violência ou mortes.
É claro que você não vai investir anos de sua vida fazendo o planejamento do cliente e que sua equipe não vai passar 5 meses estudando-o para depois colocar em prática. O ponto aqui é a importância de fazer um planejamento bem feito e de todos saberem o que foi planejado e o que devem fazer.
Tenha uma equipe de ponta!
Em La Casa de Papel, Professor selecionou cada membro de sua equipe por um motivo. Uma das personagens, chamada de Nairobi, é responsável pela qualidade das notas que serão impressas; Rio é o hacker da equipe, o expert em programação; Moscou é o responsável por abrir as portas, cavar os túneis e afins.
Enfim, deu para perceber que a equipe é complementar. Afinal, não seria possível realizar um assalto daquela proporção sozinho ou sem trabalho em equipe.
Além do papel de cada personagem na trama, eles também precisam trabalhar em grupo. É claro que, em momentos de estresse, rola um desentendimento. Mas eles acabam se acertando, ou, então, Professor entra em cena e coloca o trem de volta nos trilhos.
Tenha em mente que você e sua equipe devem se comportar da mesma forma. Você deve selecionar os talentos da sua agência, levando em consideração qual é o trabalho que cada um exercerá e suas características. Saber trabalhar em equipe e realizar funções além das suas quando necessário é indispensável também.
Ah, vale ressaltar que o gestor da equipe deve fazer o trabalho do Professor, contendo os ânimos quando necessário e colocando a equipe de volta no caminho.
Tenha um plano B na manga (e talvez um C)
Uma das características incríveis da série é a capacidade que o Professor teve de prever a maioria dos movimentos da polícia e dos reféns, deixando a equipe completamente preparada para a maioria dos contratempos que surgissem. Sendo assim, existiam vários “planos” para cada movimento que a polícia fizesse. Dependendo do resultado das ações, eles passavam para outra tática.
Mesmo que você ainda não tenha assistido à série, deve imaginar que nem tudo saiu como planejado. Caso contrário, a série seria completamente previsível e ficaria sem graça. Os assaltantes e o Professor tiveram vários contratempos. Porém, na maioria dos casos conseguiram pensar em alguma outra saída para o problema (pelo menos na primeira temporada).
Nas suas campanhas, você deve pensar da mesma forma. Tenha um plano A, mas tenha em mente que esse plano pode falhar em algum momento e que você terá que gerenciar crises e até mesmo mudar o foco caso isso aconteça.
Lembre-se também de que o plano pode falhar por causas externas, por erros humanos ou por qualquer outro fator. Independentemente disso, na maioria dos casos esses problemas podem ser contornados, desde que sejam detectados e resolvidos o quanto antes.
Seja empático!
Pode soar estranho eu falar de empatia em uma série de assalto à Casa da Moeda da Espanha, certo? Posso estar ficando maluca, mas percebi em alguns momentos os assaltantes sendo extremamente empáticos com os reféns — repito que foi apenas em alguns momentos. rs
Uma das premissas do Professor para o plano dar certo é não matar ninguém durante o assalto,. Ele também quer fazer com que a população fique do seu próprio lado para que os integrantes do grupo não sejam vistos como bandidos.
Dessa forma, eles possuem uma certa preocupação com o bem-estar dos reféns. Se até mesmo um assaltante pode ser empático (em uma série da Netflix, claro), por que você não pode agir da mesma maneira com seu cliente, com seus funcionários, com seu público etc.?
Exercer a empatia é fundamental para qualquer pessoa de sucesso. Calçar o sapato do outro e sentir suas dores é essencial para que você consiga realmente compreender as pessoas e dar o seu melhor para atingir seus resultados.
Conheça sua persona e seu público-alvo
Como já citei em outras partes do texto, o Professor planejou muito bem o assalto, analisou as alternativas, criou planos, escolheu a equipe etc.
Além de tudo isso, ele também analisou quem estaria na Casa da Moeda da Espanha exatamente no dia do assalto. Ele sabia quem eram os funcionários que trabalhavam lá. Sabia também que, naquele dia, uma escola estaria visitando o local. E que um dos estudantes dessa escola era Alison, a filha do embaixador britânico — o que tornava o assalto ainda mais conturbado e preocupante para a polícia.
No caso de pessoas que, assim como eu, trabalham com Marketing Digital, também é muito importante prestar atenção em sua persona ideal e também ao seu público-alvo na hora de criar campanhas, planejamentos e tudo mais.
Sem conhecer a pessoa com quem você quer falar e vender, vai ser muito difícil conseguir fazer isso da maneira correta. Já falamos muito disso por aqui no blog, mas nunca é tarde para reforçar o quanto desenhar a persona do seu cliente é importante.
Qualidade é essencial
Para os assaltantes, roubar o dinheiro que havia na Casa de Papel não era o suficiente. O plano era imprimir a maior quantidade de dinheiro possível. Mas, para isso, precisavam cuidar com a qualidade de todo o dinheiro que estava sendo imprimido.
É aí que entra Nairobi, especialista em falsificação e responsável por toda a qualidade das impressões.
Quem nunca viu uma peça num jornal que estava com uma palavra escrita erroneamente. Quem nunca disparou um email para a base errada? Ou cometeu algum engano desse tipo? Esse tipo de erro ocorre, muitas vezes, pela falta de atenção e de revisão.
Ter uma preocupação muito grande com a qualidade de tudo que é feito pela sua agência é fundamental — e ajuda a evitar retrabalho.
Eu confesso que adorei a série e estou ansiosa para que saia logo a segunda temporada. E vocês, o que acharam da série e dos insights que ela trouxe? Compartilhem comigo aqui que vou adorar!
Post publicado em março de 2018 e republicado em outubro do mesmo ano.